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Epagri recebe prêmio ambiental nesta sexta-feira

A Epagri é a empresa que recebeu mais prêmios ao longo dos 20 anos de existência do Prêmio Expressão de Ecologia e mais dois projetos entram para a galeria das premiações nesta sexta-feira, 16 de agosto, a partir das 13h30, na sede da Fiesc em Florianólis: manejo sustentável da pecuária de corte na região Serrana Catarinense, da Estação Experimental de Lages, e o carneiro hidráulico, da Epagri de Frei Rogério.

“É sempre gratificante ver o trabalho dos nossos pesquisadores e extensionistas reconhecido. O fato de sermos a empresa que mais ganhou prêmio por ações em benefício do meio ambiente nos indica que estamos no caminho certo”, afirmou o presidente da Epagri, Luiz Hessmann. Intitulado Rede de Propriedades de Referência Tecnológica (Reprotec), o projeto nasceu em 2011, atendendo sugestão do governador Raimundo Colombo que destacou a necessidade de desenvolver mais e de maneira sustentável a atividade histórica da região Serrana Catarinense, que é a pecuária de corte. 

“O projeto vem sendo desenvolvido em parceria, envolvendo a Epagri e a Associação Rural de Lages, e busca desenvolver a pecuária de corte com base nas pastagens naturais e foco no manejo adequado”, informa o engenheiro agrônomo da Estação Experimental da Epagri de Lages e coordenador de pesquisa do projeto, Cassiano Eduardo Pinto, revelando que é possível preservar a biodiversidade, conservar o solo, a água, sequestrar carbono e aumentar a rentabilidade do pecuarista, conciliando o anseio da sociedade no momento atual, que é de preservação e produtividade. 

“O Reprotec atua com ações desde o mapeamento das propriedades, manejo sanitário, implantação de pastos cultivados, subdivisão de invernadas, manejo reprodutivo, manejo das pastagens naturais até o gerenciamento contábil”, explica o engenheiro agrônomo e coordenador de Ater, Newton Borges da Costa Júnior. Ele lembra que, em sua fase inicial, o Reprotec foi desenvolvido nos seis municípios de maior rebanho de bovinos de corte da região do Planalto Catarinense, com pesquisadores e extensionistas das gerências e estações experimentais de Lages e São Joaquim e escritórios municipais de Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Painel, Lages, Capão Alto e São José do Cerrito. Com os primeiros resultados, as propriedades de referência tornaram-se unidades didáticas para divulgação das ações executadas, por meio de dias de campo, palestras e excursões, entre outros. A ideia é mostrar que é possível obter maior rentabilidade com a pecuária de corte, aproveitando o ótimo momento econômico da atividade e otimizando as potencialidades das pastagens naturais da região.

Carneiro Hidráulico

Os agricultores precisam bombear a água para regiões mais altas e tentavam de várias formas, utilizando desde motores elétricos, motores estacionários e bomba de irrigação com trator. “O custo operacional com motor elétrico é altíssimo, tornando o método financeiramente inviável, sem falar que, por ser distante da residência, era alvo de vândalos, que danificavam ou furtavam motor e fios”, explica o extensionista da Epagri de Frei Rogério, Élcio Pedrão, comentando que motor estacionário ou bomba com trator também tem custo alto, tornando a operação onerosa demais. A água impulsionada ou bombeada é utilizada nos bebedouros de bovinos de leite, nos piquetes, irrigação de jardins e em estufa de olerícolas, sem contaminar o solo e as águas.

O funcionamento do carneiro hidráulico é simples, segundo Élcio, e foi a solução para muitos agricultores da região – um fluxo de água percorre um tubo de captação, atravessa o aparelho e quando atinge certa velocidade e pressão a válvula de poço (sucção) se fecha, interrompendo bruscamente o fluxo de água, surgindo o “golpe de aríete”. A bomba carneiro hidráulico utiliza este “golpe de aríete” para bombear água de um nível mais baixo para um nível mais alto. Utiliza a própria força da gravidade para obter pressão interna suficiente para impulsionar uma quantidade de água para um reservatório a uma determinada altura sem a necessidade de combustível fóssil ou uso de eletricidade. Seu rendimento é pequeno, porém contínuo, tendo manutenção mínima, vale a pena investir nessa forma de economizar eletricidade. No momento da regulagem, deve-se apertar ou afrouxar o parafuso de modo que o fluxo de água abra e feche a válvula de 40 a 50 vezes por minuto.

“Estou muito feliz com este prêmio e considero como uma vitória pessoal e profissional, pelo reconhecimento de um trabalho que é de formiguinha, mas que para mim é muito importante e gratificante, graças aos resultados alcançados. Compartilho este prêmio com meus colegas que me ajudam a desenvolver esse trabalho”, declarou Élcio.

Fontes:

Cassiano Eduardo Pinto/Pesquisador da EELages, no telefone: (49 – 3224-4400), e-mail: Cassiano@epagri.sc.gov.br 
Élcio Pedrão/Extensionista da Epagri de Frei Rogério, no telefone: (49 – 3257-0045), e-mail: elcio@epagri.sc.gov.br

Mais informações:

Márcia Sampaio/Epagri/Florianópolis

Telefone: (48 – 3665-5036) e (48) 9602-0989
E-mail: marcias@epagri.sc.gov.br