Um grupo de empresários de Israel que atua no setor de energia renovável e veio ao Brasil a convite do professor Alexandre Tadeu Paulino, do Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Pinhalzinho, expôs às lideranças políticas e industriais da região as vantagens na instalação de uma usina para transformar os dejetos de aves, suínos e gado em biogás.

O grupo, ligado à empresa Brum Emprendimentos, reuniu-se na terça, 23, em Chapecó, e na quarta-feira, 24, em Pinhalzinho e em Xavantina, sempre com as presenças dos prefeitos, vereadores e empresários desses municípios. O encontro em Pinhalzinho contou também com a presença de lideranças da cidade de Nova Erechim.

“Eles dão a usina pronta para quem se interessar”, afirmou o professor, que acompanhou as reuniões nos três municípios. O grupo empresarial trabalha com energia renovável com o uso do lixo de gado há mais de dez anos em Israel e já instalou usinas em 27 países. Além da eliminação dos dejetos e da geração de emprego, “a usina dá muito lucro com a venda da energia e fertilizantes”, diz Paulino.

O professor dos cursos de Engenharia de Alimentos e Engenharia Química da Udesc Oeste tem mantido contatos frequentes com o grupo israelense. “A região tem grande potencial para a instalação de uma usina de energia renovável”, assegura o professor.

Benefícios

Paulino destaca que a instalação de uma usina seria também benéfica para os cursos de Engenharia Química e de Engenharia de Alimentos da Udesc Oeste em Pinhalzinho. “Os alunos poderiam fazer estágios na empresa, além de desenvolver projetos de pesquisa”, argumenta.

Segundo o docente, que tem pós-doutorado em Química, os dejetos são usados atualmente na agricultura, mas já existem restrições quanto à sua aplicação como adubo devido à poluição. A instalação da usina seria uma alternativa para transformar o lixo em fertilizantes para o solo, além de gerar energia elétrica.

O professor explica que o lixo que entra na usina é transferido para um reator biológico, que converte o dejeto em gás. Em seguida, ele vai para um gerador, que o transforma em energia elétrica. “O resíduo que sobra do reator é limpo e puro, é o adubo orgânico usado na agricultura”, afirma.

Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Valmor Pizzetti
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