A Secretaria de Estado da Educação disponibiliza 40 Centros de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) para quem busca concluir sua escolaridade. Os Centros coordenam os atendimentos das Unidades Decentralizadas (UD), do Núcleo Avançado de Ensino Supletivo (Naes) e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) que oferecem aulas do Ensino Fundamental e Médio e atendem em mais de 95% dos municipios catarinenses. No segundo semestre, serão oferecidas turmas de alfabetização e nivelamento, especificamente aos haitianos, desde que o estudante tenha 15 anos completos.

A estimativa é de que Santa Catarina tem entre 4 a 6 mil haitianos. Os imigrantes chegam ao Estado em busca de emprego e com imensa vontade de melhorar de vida. Porém, para terem mais oportunidades é preciso aperfeiçoar o português e aprimorar os estudos. “Muitos haitianos chegam com vontade de crescer e querem retomar os estudos, mas não têm acesso a informações. Por isso, é importante que os empresários repassem as orientações sobre Ceja aos seus empregados para que eles possam se especializar”, afirma o fundador da Associação Kay Pa Nou, em Florianópolis, Clarens Chery, que dá assistência aos imigrantes haitianos.

O haitiano Chery é um exemplo de que o estudo traz bons resultados. O jovem procurou o Ceja de Florianópolis em 2014 para concluir o Ensino Médio. No final do ano, fez o Enem e foi aprovado. A partir de agosto passa a cursar Direito. “Quero trabalhar com direitos humanos para contribuir com a imigração haitiana. Preciso estudar muito as leis trabalhistas. Quero que o Brasil cresça com a nossa ajuda para que possamos crescer também”, finaliza.  

Para se matricular em qualquer Ceja é preciso apresentar documento de identificação e comprovante de residência.

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Edinéia Rauta
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