Secretaria da Aquicultura e Pesca e Cidasc discutem controle e monitoramento da maricultura em Santa Catarina
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A Secretaria da Aquicultura e Pesca de Santa Catarina (SAQ) realizou uma reunião nessa terça-feira, 28, para tratar com os maricultores das ações de controle e monitoramento da maricultura no estado. O encontro contou com a presença da presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Celles Regina de Matos, o responsável pelo Programa de Sanidade dos Animais Aquáticos, Pedro Mansur Sesterhenn, além do secretário da Aquicultura e Pesca de Santa Catarina, Tiago Bolan Frigo.
O objetivo da reunião é alinhar as interações entre a SAQ e a Cidasc no que diz respeito à maricultura catarinense. Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos bivalves, como ostras, mexilhões e vieiras, e a sanidade e segurança alimentar desses produtos são essenciais para manter a qualidade e competitividade da produção estadual.
Entre os temas em pauta, estão o monitoramento da qualidade da água e dos moluscos, medidas sanitárias para evitar contaminações e estratégias para fortalecer a cadeia produtiva da maricultura catarinense.
Um dos pleitos dos maricultores, que a SAQ e a Cidasc estavam buscando junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), era a ampliação da frequência de amostras laboratoriais para identificar a presença de ficotoxinas e microrganismos que possam ser absorvidos pelos moluscos. Até então era feita uma análise por semana e agora o MAPA vai passar a realizar duas análises laboratoriais.
“Essa ampliação na frequência das análises de presença da toxina é fundamental para que possamos ter um maior controle da produção dos nossos moluscos. Era um pleito antigo do setor que conseguimos equacionar junto ao MAPA. Além disso vamos ampliar o trabalho de divulgação para a população sobre as interdições temporárias. A população precisa entender que é possível continuar consumindo os moluscos retirados do mar no período em que não havia suspensão da comercialização ou de localidades liberadas. Isso confunde um pouco as pessoas e acaba trazendo prejuízos aos produtores que deixam de comercializar seus produtos”, destacou o secretário da Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo.
Além de qualificar o trabalho técnico dos profissionais da Cidasc, a presidente Celles Regina de Matos e o secretário Tiago Frigo querem deixar ainda mais claro aos consumidores que é fundamental o consumo de pescado e frutos do mar adquiridos em estabelecimentos regularizados, ou seja, que seguem as regras sanitárias. Santa Catarina é líder nacional na produção de moluscos (ostras, mariscos e vieiras).
“Faremos um trabalho mais focado e intenso na educação sanitária sobre consumo de produtos da maricultura, destacando nosso trabalho em sanidade animal e em inspeção sanitária. A produção de ostras e mariscos nas áreas de cultivo onde há monitoramento feito pela Cidasc é segura para o consumo humano”, afirma a presidente da Cidasc, reconhecendo o impacto da atividade também para o turismo em muitas cidades litorâneas.