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Santa Catarina discute serviços públicos para moradores de rua

Florianópolis sedia o Encontro Estadual sobre os Serviços de Alta e Média complexidade para pessoa em situação de rua. O evento começou nesta terça-feira, 17, e termina nesta quarta, 18. Gestores e equipes técnicas dos 17 municípios participam do encontro.

O objetivo é melhorar a oferta dos serviços de proteção social aos moradores de rua. Durante o encontro, no auditório da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST), os municípios também vão trocar experiências de atendimento nas regiões.

Os direitos socioassistenciais, os desafios do atendimento à população e os benefícios socioassistenciais foram alguns dos temas na abertura do encontro. “É importante ir além do atendimento das necessidades básicas da população em situação de rua. O trabalho da assistência social inclui ainda a compreensão da trajetória de vida desses sujeitos; além de proporcionar a inclusão social”, lembra a Diretora de Assistência Social da SST, Simone Machado.

Na assistência social existem os Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua, os Centros Pop, para atender a população em situação de rua. O Centro Pop é uma unidade pública e estatal, que oferece a essas pessoas um serviço especializado e pode oferecer também a abordagem social.

Santa Catarina conta com seis Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (Centro POP) nos municípios de Florianópolis, Joinville, Blumenau, Rio do Sul e Tubarão.

Trabalho conjunto
Santa Catarina está constituindo um comitê (Grupo) intersetorial para debater o atendimento à população em situação de rua.

O grupo é formado por representantes da assistência social e saúde do Estado, dos municípios de Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu, Polícia Militar e movimentos sociais e vai elaborar um fluxo de atendimento para a população em situação de rua na Grande Florianópolis. “É fundamental entendermos de onde vêm as pessoas que vivem em situação de rua e para onde podem ser encaminhadas. Precisamos atuar de maneira simples e eficiente para trabalhar a integração das políticas públicas no atendimento a esta população”, destacou o Secretário de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação, João José Cândido da Silva.

Outras propostas que serão discutidas incluem a criação de comitê regional de monitoramento das políticas públicas para a população de rua; levantamento de possível área que possa ser usada para a instalação de um restaurante popular; oferecer oficinas de capacitação profissional no Dom Jaime, em Palhoça; e buscar formas de criar casas de acolhimento.

Pesquisa
Uma pesquisa nacional, realizada em 2008 a pedido do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), traçou um perfil da população em situação de rua. De acordo com o estudo, realizado em 71 municípios nas instituições e na rua, a população em situação de rua é predominantemente masculina (82%); mais da metade (53%) possui entre 25 e 44 anos e os níveis de renda são baixos: 52,6% recebem entre R$ 20,00 e R$ 80,00 por semana.

Entre as principais razões da ida para a rua estão o alcoolismo ou o uso de drogas (35,5%); o desemprego (29,8%) e desavenças com pai, mãe ou irmãos (29,1%).

Ainda segundo a pesquisa, a população em situação de rua é composta, em grande parte, por trabalhadores: 70,9% exercem alguma atividade remunerada como catador de materiais recicláveis, flanelinha, construção civil, limpeza e carregador ou estivador. Apenas 15,7% das pessoas pedem dinheiro como principal meio para a sobrevivência.

Serviço:
Centros Pop em Santa Catarina
Florianópolis – Av. Gustavo Richard s/n –Bairro: Centro.
São José – Rua Dr Constâncio Krummel 2119 – Bairro: Praia Comprida.
Joinville – Rua Urussanga no: 1180 – Bairro: Bucarein
Blumenau –Rua Capitão Santos s/n (em frente ao prédio no: 145)– Bairro: Garcia
Rio do Sul – Rua XV de Novembro s/n – Bairro: Laranjeiras
Tubarão – Rua José João Mateus no: 82 – Bairro: São João.
Municípios participantes: Florianópolis, Blumenau, São José, Joinville, Tubarão, Rio do Sul, Itajaí, Chapecó, Araranguá, Lages, Laguna, Palhoça, Biguaçu, Camboriú, Gaspar, Içara, Jaraguá do Sul.
Total: 17 municípios.

Alta complexidade
A Proteção Social Especial de Alta Complexidade tem como prioridade a preservação, fortalecimento ou resgate da convivência familiar e comunitária. Os serviços da alta complexidade incluem o acolhimento institucional; acolhimento em república; acolhimento em família acolhedora e proteção em situações de calamidade pública e de emergências.

Média complexidade
A Proteção Social Especial (PSE) de média complexidade é destinada ao atendimento a famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, por violação de direitos. As unidades de atendimento para esse público são o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), o Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop) e os Centros Dia para idosos ou deficientes.

Programação:
Local: Auditório da SST, localizado na Av. Mauro Ramos 722, centro, Florianópolis.
Dia 18 de Setembro de 2013
9h- Rede de atendimento: Fluxos e articulação com demais políticas setoriais (Gerência de Proteção Especial da SST)
9h40mim Panorama situacional dos Centros POP e dos Serviços de Acolhimento para Pessoa em Situação de Rua em Santa Catarina (Gerência de Proteção Especial da SST)
10h45min – Revendo práticas. Oficina ( dois grupos de trabalho) Coordenação: Gerência de Proteção Especial da SST
12h- Intervalo Almoço
13h30mim – Socialização do Produto do Conhecimento Produzido Coordenação: Gerência de Proteção Especial da SST
16h – Encerramento/ Coffee Break

Informações adicionais para a imprensa
Luciane Lemos
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (SDS)
E-mail: ascom@sst.sc.gov.br
Telefone: (48) 3664-0753
www.sst.sc.gov.br