Secretário de Assuntos Internacionais de SC e cônsul-geral japonês discutem ações para comemorar amizade centenária entre Brasil e Japão
Santa Catarina também vai celebrar os 120 anos da amizade entre o Brasil e o Japão, comemorados em 2015. O governador Raimundo Colombo autorizou a criação, por meio de decreto, de uma Comissão Temporária para organizar eventos e ações que serão promovidos para marcar a data no Estado. As discussões ocorrerão no âmbito da Secretaria Executiva de Assuntos Internacionais, que também vai definir os demais órgãos que farão parte da comissão.
O secretário executivo de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond Vieira, deu início às conversas sobre o tema, ao receber, nesta semana, o cônsul-geral do Japão, Toshio Ikeda. No encontro que ocorreu no gabinete do secretário, no Centro Administrativo do Governo do Estado, em Florianópolis, foram encaminhadas demandas que têm por objetivo fortalecer as relações comerciais entre o Estado e o Japão. Para isso, o cônsul sugeriu novas missões catarinense e japonesa, observando que “muitas vezes, o Sul do Brasil é pouco visitado pelos japoneses, o que pode direcionar os investimentos e as parcerias para outras regiões do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito Federal”.
Foto: Julio Cavalheiro / Secom
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Em Santa Catarina, segundo o secretário Carlos Adauto Virmond Vieira, a contribuição japonesa foi fundamental para o desenvolvimento de setores como Agricultura e Pesqueiro. O secretário cita ainda a parceria com a JICA, agência japonesa de cooperação que atua no ramo da tecnologia, elaboração de projetos e treinamento, para a execução de um pacote de obras no Vale do Itajaí, de prevenção às cheias. “Além disso, queremos fortalecer a relação com o Japão pensando na chamada indústria limpa, que é a que envolve o conhecimento, a inteligência, a ciência e a tecnologia e sabemos que o Japão é referência mundial nesse aspecto”, afirma Vieira.
Prova de que os japoneses trouxeram benefícios, especialmente nas atividades do campo, está, por exemplo, a produção agrícola em municípios que concentram grande quantidade de descendentes japoneses. É o caso da produção de maçãs, em São Joaquim e de alho, na região de Curitibanos, no Meio-Oeste, os dois municípios estão entre os maiores produtores das culturas, sendo que Santa Catarina é o maior produtor nacional de maçãs e o segundo no ranking da produção de alho, atrás apenas de Goiás.
A chegada dos japoneses ao Brasil
De acordo com informações do site da associação Nipo-Catarinense, os primeiros imigrantes japoneses chegaram ao Brasil por volta de 1908. Na época, o inspetor de imigração do Estado de São Paulo, redigiu um extenso artigo publicado no jornal Correio Paulistano de 26 de junho de 1908, descrevendo suas impressões sobre os imigrantes nipônicos.
Sobral teria feito elogios ao comportamento e à aparência dos japoneses relatando que o grau de limpeza de “gente de humilde camada social do Japão” era qualificado como “inexcedível”.
Ainda segundo o texto publicado no site, os japoneses não deixaram registros escritos sobre a impressão que tiveram do Brasil, mas sabiam que iriam trabalhar muito e enfrentar dificuldades de comunicação.
Os japoneses foram trazidos pela empresa Teikoku Imin Kaisha (Companhia Imperial de Imigração), que firmou em 1907 contrato com a Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo para alocar três mil imigrantes até1910 como empregados de várias fazendas de café no estado de SP.
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