Praticamente 100% dos resíduos das obras da ETE Insular são encaminhados para reciclagem
Imagens: Acervo CASAN
Diante do grande volume de resíduos da construção civil gerados na ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto Insular, em Florianópolis, a CASAN executa um programa de gestão ambiental para destino ambientalmente adequado desse material.
Em setembro foram encaminhadas para reciclagem ou reaproveitamento 1,34 tonelada de ferro e 4,25 toneladas de resíduos da construção e demolição (RCD), que incluem restos de concreto, cimento, argamassa e tijolo. Para outubro é estimada a gestão de mais de 4,2 toneladas de madeiras.
O programa de gerenciamento de resíduos sólidos possibilitou o tratamento, reaproveitamento ou reciclagem de 99,9% do montante de volume de resíduos produzidos. Apenas 0,1% foi destinado a aterros devido à ausência de tecnologias viáveis que permitissem alguma forma de processamento.
“A reciclagem e o reaproveitamento são importantes porque reduzem a necessidade de extração de matéria-prima a partir da mineração ou do corte de árvores, além de promover a diminuição da geração de resíduos que iriam para aterro sanitário, evitando que eles fiquem sobrecarregados”, explica a bióloga Myrna Hornke, que atua na supervisão ambiental das obras na ETE Insular.
Restos de concreto, blocos de cimento, tijolo, argamassa, madeira, sucata metálica e solo de escavação são separados e encaminhados para reciclagem ou para o reaproveitamento em outros setores da construção.
Painéis de madeira utilizados nas formas de concretagem podem ser reaproveitados em caixarias, escoras ou triturados e transformados em serragem para produção de compensados, por exemplo. Os blocos de concreto e demais resíduos gerados pela construção ou demolição podem ser reaproveitados transformados em um material agregado para ser utilizado para melhorar o acesso em vias que não tem pavimentação, enquanto o solo originado de escavações pode ser reaproveitado em aterros.
Todos os procedimentos aplicados nas obras de ampliação da ETE Insular seguem normativas ambientais e de segurança aprovadas pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). As obras de ampliação do sistema de esgotamento sanitário Insular estão recebendo investimento de R$194 milhões, com recursos garantidos pelo Governo de Santa Catarina e CASAN junto à Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA).