Gestão por resultados: Governo vai implantar plano diretor nas empresas da administração indireta
O Governo do Estado, por meio da secretaria de Estado da Fazenda, está promovendo uma grande ação de eficiência operacional em oito empresas da administração indireta: Bescor, Ceasa, Ciasc, Cidasc, Codesc, Cohab, Epagri e Santur. O objetivo central do plano é assegurar maior qualidade dos serviços prestados e promover melhores práticas de gestão nas instituições.
“Estamos uniformizando procedimentos e implantando políticas de Estado respaldadas por um plano diretor para cada estrutura. Um amplo estudo, iniciado em 2013, nos deu a dimensão exata que essas empresas precisam ter para cumprir bem o papel do Estado em seus setores de atuação”, resume o governador Raimundo Colombo. Neste dia 30 de junho, as empresas irão receber oficialmente as propostas de plano diretor, contrato de gestão e plano de carreira, cargos e salários. De acordo com o governador, as práticas implantadas nas oito empresas servirão de referência para a Celesc, SCGAS, Casan, SCPar e Badesc.
“O objetivo não é puramente economizar, mas garantir a melhor aplicação possível dos recursos que o Governo repassa a essas estruturas”, explica o secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni. Segundo ele, uma das partes mais importantes do plano é o contrato de gestão, que vai garantir a aplicação das metas estabelecidas no plano diretor de cada empresa. “O governo definiu um mapa de indicadores para cada empresa, que deverá prestar contas regularmente de seu desempenho. A meritocracia também estará presente na administração indireta, já que as metas para cada diretoria estarão atreladas à remuneração variável dos gestores. Vai ganhar mais quem desempenhar melhor”, diz.
Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) – O Plano de Eficiência Operacional prevê um PCCS que abrange todas as empresas da administração indireta, com padronização de remuneração por grau de instrução. Para cada grupo ocupacional serão estabelecidos piso e teto salarial com base em pesquisa de mercado. Para progredir na carreira, o empregado, além dos fatores de maturidade profissional, também deverá cumprir objetivos e metas empresariais (meritocracia).
Plano teve início em 2013 – A construção do Plano de Gestão teve início com diagnóstico e avaliação dos principais desafios das empresas. Em 2013, durante seis meses, mais de 200 pessoas foram ouvidas em cerca de 80 reuniões, workshops e visitas a campo. Organizações de outros dez estados foram selecionadas para benchmark e serviram de referência para o estudo, que teve apoio da consultoria Roland Berger. O novo modelo de gestão pública das empresas é baseado em três pilares: planejamento, governança e desempenho.
Mais de 700 empregados saíram pelo PDVI – A primeira ação concreta do Plano teve início com um grande Plano de Demissão Voluntária Incentivada (PDVI) para os empregados celetistas das empresas, que até o momento resultou no desligamento de 759 empregados. As empresas que foram alvo do Plano de Gestão consumiam cerca de R$ 580 milhões por ano em folha, e a economia gerada com o PDVI, poderá chegar a R$ 414 milhões até 2022 (descontados os valores pagos com os desligamentos: R$248 milhões em até 36 parcelas).
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