Com uma programação voltada ao debate da inovação e do empreendedorismo no ambiente universitário, a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) promoveu nesta quarta-feira, 28 de agosto, o 2º Encontro das Empresas Juniores da Udesc (EEJudesc). Cerca de 80 pessoas, entre estudantes, servidores da universidade e representantes de organizações públicas e privadas do estado, participaram do evento, que ocorreu no auditório do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), em Florianópolis.

A agenda foi organizada pela coordenadoria de Cultura (CCult) da Udesc, vinculada à pró-reitoria de Extensão, Cultura e Comunidade (Proex), e contou com palestras e mesas-redondas sobre o papel da empresa júnior (EJ) na inserção no mercado de trabalho, o impacto destas iniciativas em Santa Catarina e como o engajamento na área social auxilia no desenvolvimento das EJs.

Segundo a coordenadora de Cultura da universidade, Thais Lopes Nicolau, a programação buscou dar ênfase à realidade das empresas juniores na Udesc, “um olhar de fora para dentro”, do que vem sendo feito e quais oportunidades a instituição pode oferecer aos estudantes que participam das iniciativas.

A ideia, conforme Thais, foi também complementar as discussões que serão realizadas a partir de quinta-feira, 29, no Encontro Nacional de Empresas Juniores (ENEJ 2024). “É uma oportunidade de troca entre os alunos, de aprender um com o outro, e se fortalecer dentro do que a Udesc possibilita de formação para os estudantes dentro dessa perspectiva empreendedora”, completa a coordenadora.

O pró-reitor de Extensão, Cultura e Comunidade, Rodrigo Terezo, enfatiza que a atividade teve ainda o objetivo de evidenciar a atenção da Udesc às EJs. “A gente vê nas empresas juniores uma grande possibilidade para que os alunos se desenvolvam profissionalmente e pessoalmente. É uma maneira de trabalharmos a extensão universitária estando em contato direto com a sociedade, e isso é enriquecedor e transformador para os alunos”, avalia.

Reflexões e apresentação de casos de sucesso

Logo nas palestras de abertura, o encontro refletiu sobre a ideação de negócios e o papel da empresa júnior no mercado de trabalho, com falas de Salomão Eineck Júnior, representante do Orion Parque, e Fabiane Becker, da Fundação Certi. “Ficamos superfelizes com o convite porque a Certi é uma instituição de ensino de ciência e que está Brasil afora rodando e impulsionando o desenvolvimento do empreendedorismo nas universidades”, comenta a egressa da Udesc Esag e hoje analista de inovação e empreendedorismo da Fundação Certi, Fabiane Becker.

Conforme a convidada, o objetivo de sua fala foi destacar o potencial das empresas juniores para o desenvolvimento da região e do país. “E explicar para os empreendedores que o que está acontecendo lá fora é exatamente o que eles conseguem fazer aqui dentro, e mostrar que esse conhecimento pode ser transformado em algo prático, em soluções inovadoras que impactem a realidade da vida das pessoas para promover desenvolvimento sustentável, ambiental e econômico”, salienta Fabiane.

À tarde, o evento incluiu a palestra de Diego Henrique, representante da Federação das Empresas Juniores do Estado de Santa Catarina (Fejesce), e a mesa-redonda com Moacir Marafon, da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), André Manuel, integrante do Observatório de Inovação Social de Florianópolis (Obisf), e Milena de Mesquita Brandão, diretora de extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (Ifsc).

Além das conferências, oito das 14 EJs ativas da universidade apresentaram casos de sucesso. Entre elas estava a Atrium Engenharia Júnior, iniciativa vinculada à Udesc Joinville que apresentou o projeto da reforma de uma quadra de esportes de uma escola pública do município, concluída este ano.

De acordo com a estudante da 6ª fase de Engenharia Civil e presidenta da Atrium, Fernanda da Silva, o EEJudesc ajuda a estabelecer uma conexão ainda maior entre as EJs e a gestão da universidade. “É interessante ter esse espaço para que a gente possa trazer como a universidade consegue auxiliar as empresas juniores, e vice-versa, como que a empresa júnior pode agregar ainda mais para a universidade”, afirma.

O que vem por aí

Após a realização do encontro, a Proex dará andamento ao projeto para conquistar mais recursos para as EJs e estudantes. “Estamos trabalhando junto com a pró-reitoria de Planejamento para a reserva de recursos específicos para as empresas juniores, não só para que eles possam participar de eventos, mas para que consigam absorver alunos que estejam em vulnerabilidade social para participarem das empresas por meio de uma bolsa”, informa o pró-reitor Terezo.

Atualmente, todos os acadêmicos que integram as empresas juniores atuam como voluntários, sem nenhuma forma de remuneração. Como organizações sem fins lucrativos, todo o valor arrecadado pelas EJs é utilizado na aquisição de produtos e serviços, como cursos, softwares e materiais. Conheça as empresas juniores da Udesc e entenda como elas funcionam.

Terezo complementa destacando a dedicação dos servidores da Udesc para oferecer as condições adequadas para o crescimento das EJs. “Quanto mais alunos beberem dessa água, melhor para toda a sociedade, porque são recursos públicos. A sociedade tem uma expectativa muito grande em relação aos alunos que estão aqui, então usem, usufruam bastante dessa oportunidade”, finaliza.

Mais informações sobre as empresas juniores podem ser obtidas nos centros de ensino ou com a Proex pelo e-mail proex.reitoria@udesc.br.

Assessoria de Comunicação da Udesc
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