Vice-governadora destaca iniciativa da OAB/SC em debater a representatividade das mulheres nos três Poderes e o combate à violência doméstica
Fotos: Richard Casas/Gabinete vice-governadora
A vice-governadora Marilisa Boehm destacou a iniciativa da OAB/SC em promover um debate sobre a representatividade das mulheres nos Três Poderes. No evento, realizado na sede da entidade, em Florianópolis, na noite da terça-feira, 2, a meta era discutir duas situações de extrema importância para a sociedade.
“Tanto os desafios e avanços que nós mulheres temos cotidianamente na conquista de espaços no Executivo, no Judiciário e no Legislativo quanto o enfrentamento à violência doméstica são assuntos que precisam estar sempre em pauta. E a sensibilidade da OAB em abrir mais um espaço para isso é digna de louvor”, avaliou Marilisa.
Representando o Poder Executivo, a vice-governadora compartilhou com o público presente no auditório da seccional da Ordem exemplos que vivenciou durante sua trajetória como delegada da Polícia Civil, em Joinville. Da experiência de ter sido fundadora da primeira Delegacia da Mulher do município, onde foi titular de 1991 a 2014 e delegada regional de 1999 a 2002, comandando também as cidades de Araquari, Garuva, Itapoá e São Francisco do Sul, ela trouxe a certeza de que é preciso dar mais amparo e proteção às mulheres.
“São elas que mantêm a casa e se você tirar a coluna de sustentação da casa, ela cai”, argumentou. Para Marilisa, todos os setores da sociedade precisam participar e ser atuantes no combate à violência contra a mulher. “Temos que batalhar para que ela seja forte e que tenha meios e condições de se auto sustentar, de sobreviver e sair do círculo doentio e abusivo em que vive”, avaliou.
A presidente da OAB/SC, Cláudia Prudêncio, conduziu e mediou o encontro, que contou também com a desembargadora do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Hildemar Meneguzzi de Carvalho, representando o Poder Judiciário; e a ex-deputada estadual, Ada de Luca, representando o Poder Legislativo.
“Nós precisamos nos orgulhar umas das outras, apoiar umas às outras. E este é o grande propósito, propósito de mulheres em cargos de gestão. Precisamos sair do discurso, precisamos ajudar tantas outras mulheres. Eventos como este, que reúnem mulheres e com um tema tão sensível, como a violência doméstica, são cruciais para compartilhar informações, promover a troca de experiências e fortalecer a rede de apoio às mulheres. A violência doméstica é uma realidade que, infelizmente, ainda atinge muitas mulheres em nosso Estado”, salientou a presidente.
De acordo com a desembargadora Hildemar Meneguzzi de Carvalho, o ano começou com um índice de 4,6% e passou para 6,3% de mulheres mortas por mês em Santa Catarina. “Isso é muito triste. Eu não gosto de falar de violência. Incito as pessoas a trabalharem preventivamente, porque nossos programas devem focar na prevenção, não nas consequências”, citou.
“O processo de enfrentamento à violência de gênero está em vigor desde abril do ano passado, com uma lei que garante o funcionamento 24 horas das delegacias, que não devem nunca fechar. Isso é algo que precisa ser urgentemente resolvido,” destacou a ex-deputada estadual, Ada de Luca.
“A sub-representação das mulheres em cargos de liderança continua sendo uma realidade significativa. É muito difícil romper o teto de vidro e alcançar posições de liderança. Por isso, estamos aqui com essas pessoas tão gabaritadas, que conseguiram conquistar altos cargos e romper esse teto de vidro. Este evento nos oferece a oportunidade única de ouvir as experiências dessas mulheres inspiradoras”, disse a presidente da Comissão de Combate à Violência Doméstica e do Direito da Vítima da OAB/SC, Denise Almeida Marcon.
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