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Projeto da Udesc possibilita acesso de crianças deficientes a museus de Florianópolis

O grupo de pesquisa Educação, Arte e Inclusão, do Centro de Educação a Distância (Cead), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), desenvolve a partir deste domingo, 14, o projeto Família no Museu, que objetiva possibilitar o acesso de famílias  que possuem crianças com deficiência aos museus de artes de Florianópolis.

Ao longo do ano serão visitados mais quatro museus, entre eles o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC). As datas para essas quatro visitas não estão definidas ainda.

Os encontros serão realizados a cada três semanas, sempre aos domingos, das 15h às 17h, e acompanhados pela mediadora educativa especializada, Priscila Anversa, que concluiu o Mestrado em Artes Visuais no Centro de Artes (Ceart), da Udesc. Ela e os artistas explicarão o tema da exposição e, em seguida, será realizada uma oficina com as famílias.

A primeira visita neste domingo será na Fundação Hassis, localizada no Bairro Itaguaçu. As famílias conhecerão a exposição “Diário-Imagens-Grafias”, de cinco artistas, que irá até 26 de julho. A mediação terá ajuda do artista Edson Macalini, um dos autores da exposição.

Integrante do programa, a aluna Isadora Gonçalves de Azevedo, do Programa de Mestrado em Artes Visuais da Udesc Ceart, lembra que, para participar do projeto Família no Museu, é precisa fazer inscrição pelo e-mail familianomuseu@gmail.com ou pelo telefone (48) 3321-8471.

Objetivos
A coordenadora do grupo de pesquisa Educação, Arte e Inclusão, Maria Cristina da Rosa Fonseca, explica que o projeto Família no Museu visa estabelecer o diálogo entre as famílias e a criança com deficiência e auxiliá-las no acesso ao que a cidade oferece em produção artística. Segundo ela, em cada museu haverá sempre uma abordagem diferenciada com foco no tema da exposição. A professora da Udesc Cead diz que a iniciativa do grupo é inédita em Santa Catarina.

A educadora Priscila Anversa lembra que o projeto surgiu quando realizava o Mestrado em Artes Visuais na Udesc, entre 2010 e 2011. Ela levou uma família, que tinha uma criança com deficiência, a visitar o Palácio Cruz e Sousa, em Florianópolis. “Aí nasceu a idéia de criar um programa que facilitasse o acesso dessas famílias aos museus”, ressalta.

O grupo
O grupo de pesquisa está ligado ao programa Nupert de Inclusão e Arte, resultado de uma parceria com a Udesc Ceart, e surgiu em 2006, já inscrito na base de dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

É constituído por seis pesquisadores e 16 estudantes de graduação e de mestrado. O objetivo é desenvolver estudos a fim de contribuir para a compreensão do fenômeno inclusão e exclusão na formação de professores de Artes, articulado com ensino, pesquisa e extensão.

Segundo a professora Maria Cristina, o grupo de pesquisa atua em três perspectivas inclusivas: uma voltada a pessoas com deficiência, outra ligada às questões étnico-raciais e a construção de um currículo multicultural crítico, e a terceira com foco na inclusão como fenômeno tecnológico capaz de ampliar o acesso à informação e a formação crítica.

O grupo de pesquisa já publicou duas revistas sobre educação, arte e inclusão e tem realizado parceria com educadores de Portugal, Espanha e Argentina sobre a educação no contexto da arte. Nos últimos anos, tem apresentado suas sistematizações em forma de livros. O primeiro foi publicado em 2009 e o outro, em 2010

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