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Estudo da Udesc Oeste adverte sobre impacto do vírus Influenza na produção de aves

Um artigo de estudantes de Zootecnia do Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), alerta sobre a mortalidade em aves pelo vírus Influenza, que pode infectar também equinos, suínos e humanos, e recomenda a destruição total das espécies animais afetadas, com o isolamento da propriedade e a proibição de circulação.

O trabalho do aluno Daniel Simão, monitor da disciplina de Microbiologia, e da aluna Jéssica Giuriatti, do Mestrado em Zootecnia da Udesc Oeste, foi publicado na edição nº 175 do suplemento Sul Brasil Rural, que é encartado semanalmente no jornal Sul Brasil, com edição em Chapecó e circulação na região. Os estudantes receberam orientação da professora Lenita de Moura Stefani.

Vacina

De acordo com o artigo, o Brasil é o maior produtor e exportador mundial da carne de frangos, com 90% das vendas externas sendo feita pela região Sul. Para se manter livre de doenças, o país tem desenvolvido fiscalização e vigilância sanitária de qualidade, impedindo a entrada de doenças exóticas. Entretanto, o vírus Influenza pode causar doença respiratória com mortalidade elevada, dependendo do tipo viral.

“O vírus é altamente mutagênico e, por isso, os indivíduos que recebem vacina devem se imunizar anualmente. No caso de animais, a vacinação só é recomendada em casos especiais e controlada pelas autoridades sanitárias, isto porque a vacina poderia dificultar o diagnóstico sorológico da doença”, afirmam os estudantes da Udesc Oeste.

Existem três tipos de influenza: A, B e C, mas somente o tipo A pode ser transmitido dos animais para o homem e vice-versa. Entre os subtipos mais conhecidos, está o vírus H1N1, que causa doenças em pessoas imunodeprimidas e até saudáveis e pode provocar morte em 50% dos casos.

Outras ações

Nas aves, o vírus provoca lesões sérias, principalmente nos sistemas respiratórios, digestivos, nervosos e reprodutivos. A transmissão ocorre por meio das aves domésticas, exóticas de companhia, selvagens e outras espécies de animais.

A mortalidade pode chegar a 100%, causando impacto elevado na avicultura, tendo em vista a importância do setor nas exportações.

Segundo os alunos da Udesc Oeste, o diagnóstico definitivo da doença só pode ser emitido pelas autoridades sanitárias, e, se confirmada a Influenza aviária, a doença deve ser erradicada. “Todas as aves infectadas, suspeitas ou que tiveram contato com aves infectadas, ovos e produtos avícolas suspeitos, incluindo ração e cama, deverão ser destruídos imediatamente”, recomendam.

Os estudantes sugerem também o isolamento da propriedade, a suspensão da circulação de animais e pessoas, a limpeza e a desinfecção dos aviários, equipamentos e veículos e a proibição de novas aves até o término do chamado período de vazio sanitário.

Leia mais:

10/06/2016 – Vacina contra bronquite de galinha desenvolvida por professora da Udesc Oeste será testada em agosto

28/10/2015 – Programa da Udesc Oeste orienta agricultor sobre planejamento e gestão da propriedade

Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Valmor Pizzetti
E-mail: valmor.pizzetti@udesc.br
Telefone: (48) 3664-7935