Aliança Láctea Sul Brasileira discute em Florianópolis ações para melhorar a qualidade do leite
As ações para melhorar a qualidade do leite em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul foram o tema da reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira, realizada nesta quarta-feira, 19, em Florianópolis. O evento reuniu os secretários da Agricultura, os serviços de assistência técnica e de defesa sanitária, além de representantes das agroindústrias dos três estados para tratar do sistema de pagamento do leite por qualidade. Nele, o produtor recebe mais por um leite melhor. Outra novidade é que a partir de setembro deste ano, Santa Catarina será o Estado coordenador da Aliança.
Durante a reunião, foram apresentados dois exemplos de empresas que já remuneram os produtores de acordo com a qualidade do leite. A expectativa é de que esses modelos possam ser adotados por outros laticínios. Essa forma de pagamento utiliza múltiplos critérios, que vão desde o volume até as boas práticas de produção. As indústrias estabelecem um preço base para o leite e, quando os produtores entregam um leite com índices maiores do que o padrão estabelecido, recebem uma bonificação, que em alguns casos pode chegar a 30%.
O secretário da Agricultura de Santa Catarina, Moacir Sopelsa, explica que a ideia é valorizar aqueles produtores que comercializam um leite de melhor qualidade. “Quando o produtor receber mais por um leite melhor e o leite de má qualidade for desvalorizado, haverá um incentivo para que a qualidade melhore significativamente”.
Com o pagamento por qualidade, o produtor tem acesso a análises laboratoriais que demonstram em quais aspectos ele pode melhorar. “O maior incentivo para melhorar a qualidade do leite vai ser mexer no bolso do produtor”, ressalta o secretário adjunto Airton Spies. A reunião abordou ainda a melhor forma de implantar medidas de apoio aos agricultores que buscam essa melhoria na qualidade do leite produzido, principalmente com assistência técnica e sanidade dos rebanhos.
A Aliança Láctea é uma iniciativa dos três estados do Sul para desenvolver a cadeia produtiva do leite na região. Com problemas e oportunidades comuns, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul se unem em um fórum permanente que congrega produtores, governo e indústrias em busca de um desenvolvimento harmônico do setor.
O Oeste de Santa Catarina, Noroeste do Rio Grande do Sul e Sudoeste do Paraná são as regiões que mais crescem em produtividade do leite no Brasil. Com cerca de 300 mil produtores distribuídos por quase todos os municípios, o Sul é responsável por 33% da produção brasileira de leite. A expectativa é de que em 10 anos, a produção aumente 77%, chegando a 19,5 milhões de toneladas de leite por ano.
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