Barreira Sanitária em Chapecó é transferida para o Rio Grande do Sul
Os órgãos de defesa agropecuária de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul irão compartilhar a estrutura física da barreira sanitária de Goio-En, em Nonoai (RS). A partir desta quinta-feira, 11, os técnicos da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) farão a fiscalização das cargas de produtos de origem animal ou de animais vivos que passam pela BR-480 a partir do posto fixo do distrito de Goio-En, e não mais em Chapecó. A inauguração da nova barreira sanitária será na quinta, às 17h, e contará com as presenças do secretário da Agricultura e da Pesca de SC, Airton Spies, e do secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do RS, Claudio Fioreze.
A integração das ações de defesa sanitária da Cidasc e da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do RSl, em Nonoai, foi uma maneira de melhorar os serviços prestados e racionalizar custos. Segundo o presidente da Cidasc, Enori Barbieri, a barreira sanitária de Chapecó já não oferecia condições favoráveis para a fiscalização de cargas por não possuir policiamento, pátio e iluminação necessários. “A estrutura montada em Nonoai é adequada para a defesa sanitária, trará mais segurança para os motoristas e melhores condições de trabalho para os funcionários da Cidasc”.
O secretário da Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies lembra que esse arranjo poderá ser feito também em outros locais onde for conveniente para SC, PR ou RS. “O compartilhamento de estruturas físicas gera uma verdadeira integração da defesa sanitária dos estados, realizando um trabalho melhor com menos custo e com mais rapidez para os transportadores das cargas que precisam ser fiscalizadas”.
Os custos de manutenção da barreira sanitária de Goio-En, em Nonoai, serão divididos entre os dois estados. “Ganham todos: os usuários das rodovias, o estado de Santa Catarina, que melhora e mantém a sua segurança sanitária, e também o Rio Grande do Sul porque compartilha os custos de manutenção da unidade com a Cidasc”, destaca Spies.
O compartilhamento das estruturas físicas das barreiras sanitárias entre os estados que formam o Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) foi acordado entre os governadores de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul em 2013 e a parceria prevê ainda que a equipe de um estado possa entrar até 12 quilômetros no estado vizinho para trabalhos de vigilância sanitária animal e vegetal.
Santa Catarina possui seis corredores sanitários por onde é permitida a passagem de animais e produtos de origem animal com o uso de lacres aplicados pela Cidasc nas fronteiras. O Estado conta com 63 barreiras sanitárias com o Paraná, Rio Grande do Sul e Argentina que controlam a entrada e a saída de produtos agropecuários. A fiscalização nas fronteiras tem por finalidade proteger o rebanho catarinense de doenças como a febre aftosa, da qual Santa Catarina é área livre sem vacinação certificada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
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