Secretaria da Agricultura solicita mais milho ao Ministério da Agricultura
Em 2012, devido à estiagem, Santa Catarina sofreu perdas de mais de 900 mil toneladas na produção de milho e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) tiveram dificuldades para atender a demanda catarinense por falta de estoques e logística. Para evitar que o mesmo ocorra este ano, a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca enviou nesta terça-feira, dia 2, ofício ao ministro da Agricultura, Antônio Andrade Ferreira, para que não falte no Estado o grão essencial à produção de suínos, frangos e leite.
Segundo o secretário da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, o montante solicitado foi levantado em reunião com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, e representantes da Conab, Organização das Cooperativas de Santa Catarina (Ocesc), superintendência do Ministério da Agricultura em Santa Catarina e Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sindicarne). O secretário relata que o consumo de milho em Santa Catarina é de 15 mil toneladas por dia, ou 5,5 milhões de toneladas por ano e a estiagem de 2012 reduziu a produção catarinense do grão em 900 mil toneladas, elevando o déficit anual de 1,8 milhões de toneladas para mais de 2,7 milhões de toneladas.
No ofício encaminhado ao Ministério da Agricultura é solicitado 300 mil toneladas de milho (venda a balcão) para atender a demanda dos consumidores catarinenses no período de agosto a dezembro de 2013. Também foi solicitado que o VEP do milho (Valor de Escoamento de Produto) receba um subsídio ao frete no valor de R$ 5,00 por saco de 60 quilos. Foi sugerido que seja autorizado que armazéns credenciados em caráter emergencial possam receber o produto, deixando dessa forma de cumprir a exigência da certificação de armazéns.
Outra solicitação, de acordo com o secretário, é de que por meio do Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), que é um instrumento de apoio econômico dado pelo Governo Federal àqueles que se disponham a adquirir o milho, diretamente do produtor rural ou sua cooperativa, pelo valor do preço mínimo fixado, promovendo o seu escoamento ou destinação na forma definida em edital, seja de 1,5 milhão de toneladas, sendo 300 mil mensais, de agosto a dezembro. “Esse montante suprirá o déficit de Santa Catarina em condições de safra normal e em de adversidade climática os números poderão ser revistos”, ressalta.
As estiagens são um problema frequente e recorrente em Santa Catarina, principalmente em 132 municípios localizados nas regiões do meio-oeste, oeste e extremo-oeste. Nos últimos 10 anos, agricultura de Santa Catarina registrou perdas significativas em 7 safras, devido à estiagem, gerando prejuízos econômicos e sociais severos.
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Ney Bueno
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