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Em 31 de outubro, o mundo todo celebra o Halloween, traduzido para o português como o Dia das Bruxas. Cada local possui uma forma de festejar e também enaltecer suas crenças sobre criaturas da noite, por exemplo no Brasil, na mesma data também é comemorado o dia do Saci. Santa Catarina, especificamente Florianópolis, tem uma proximidade com histórias de bruxas, um dos motivos pelo qual também leva o nome de Ilha da Magia. 

A cidade é assim chamada por suas belezas naturais, cheia de cachoeiras, praias, montanhas, trilhas e muitos outros pontos ideais para o turismo. Mas, além de toda a paisagem, foram criadas diversas lendas sobre criaturas como bruxas, fantasmas e lobisomens. 

As histórias surgiram com os açorianos que colonizaram a ilha e foram passadas adiante. Alguns desses contos se tornaram parte da história e do turismo florianopolitano. Muitas foram resgatadas e eternizadas devido a pesquisas feitas pelo professor, escritor e artista plástico Franklin Cascaes, também por Gelci José Coelho (conhecido como Peninha) e Maria Isabel Rodrigues Orofino. Como eram contadas por moradores de Florianópolis, cada lenda se passava em um local diferente da cidade. 

A mais famosa delas é a das pedras na praia do Itaguaçu, na região continental de Florianópolis, a qual tem uma placa da prefeitura fixada em frente para sinalizar onde estão as Bruxas de Itaguaçu. Segundo a lenda, essas bruxas organizaram uma festa e não convidaram o diabo, alegando que ele tinha cheiro de enxofre. Assim, como vingança, ele as transformou em pedras. 

Há também uma lenda de amor entre um indígena, Peri, e uma bruxa, Conceição. Tanto a tribo de Peri quanto as amigas de Conceição proibiram que os dois continuassem juntos, no entanto, eles desrespeitaram a ordem. Quando descobriram sobre a desobediência do casal, as bruxas transformaram Peri em uma lagoa de água doce. Conceição chorou tanto a ponto de criar uma lagoa com suas lágrimas, de água salgada. Assim surgiu a Lagoa do Peri e a Lagoa da Conceição. 

Essas e muitas outras histórias se tornaram parte da cultura de Florianópolis e hoje são grandes atrações turísticas da cidade, pois não estão apenas nas paisagens, mas também em bibliotecas e estudos realizados para compreender mais sobre o passado e os costumes passados de geração para geração.