CASAN presta auxílio a atingidos por rompimento de reservatório e confirma vistoria geral em todo o estado
Fotos: Ricardo Wolffenbüttel/SECOM SC
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) trabalha de maneira ininterrupta desde a madrugada desta quarta-feira, 6, em auxílio às famílias que foram afetadas pelo rompimento do reservatório R4, no bairro Monte Cristo, em Florianópolis. Por determinação do governador Jorginho Mello, a prioridade é garantir todo o suporte às pessoas, ao passo que a Companhia realize laudos técnicos rigorosos para apontar as causas do incidente e uma vistoria geral em reservatórios de água pelo estado.
O governador Jorginho Mello esteve no local do incidente na manhã desta quarta-feira, 6, acompanhando o trabalho das equipes do Estado. “Entrei nas casas, conversei e ouvi as famílias. Levei o meu abraço de solidariedade e garanti a elas que o Governo do Estado não vai descansar até que tudo seja recuperado e o mais rápido possível”, frisa o governador. Jorginho também afirmou que uma apuração técnica minuciosa será feita para, em sendo o caso, fazer a devida responsabilização.
De acordo com o governador, o reservatório tem cinco anos de garantia e apenas 17 meses de uso. “Houve uma falha grave que gerou essa catástrofe e nós vamos fazer uma apuração técnica para achar os responsáveis”, reforça.
Trabalho de pronta resposta
O rompimento do reservatório de 2 mil metros cúbicos no bairro Monte Cristo, região continental de Florianópolis, ocorreu às duas da manhã desta quarta-feira, na Rua Luís Carlos Prestes. Não há descontinuidade no abastecimento na região. No local, a diretoria e as equipes técnicas da CASAN estão mobilizadas desde a madrugada para conter os danos causados pelo rompimento do reservatório e fornecer apoio às famílias.
A ação é feita pela Companhia em conjunto com lideranças comunitárias, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil, Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família, Secretaria Municipal de Segurança Pública e Guarda Municipal. Foi estabelecido um posto de comando na sede do 22° Batalhão de Polícia Militar (BPM), próximo à estrutura rompida, e todo o atendimento está concentrado no próprio local.
O diretor-presidente da CASAN, Edson Moritz, lamentou a tragédia e garantiu que será feita uma vistoria geral em unidades de reservação de água pelo estado.
“Quero, com toda a sinceridade, pedir desculpas pelo que aconteceu”, expressou. “Agora, nossa primeira questão é o cuidado e a saúde de vocês, e estamos mobilizados desde a primeira hora para fornecer rapidamente alimentos e abrigo. Enquanto todos não estiverem com o mínimo de conforto, não vamos sair daqui com a equipe”, reforça o diretor-presidente.
Moritz também confirmou que uma vistoria já foi feita na estrutura do reservatório R4 e que não há risco de novo colapso no local. A instalação, no entanto, deve ser demolida.
Estima-se um número de 92 casas atingidas e 150 famílias a serem indenizadas. A CASAN montou um ponto de atendimento no local com duas tendas e está fornecendo roupas, sapatos, produtos de higiene e aproximadamente 250 refeições na Paróquia do Sapé. Cerca de 40 engenheiros da Companhia também estão em campo para avaliar bens perdidos e imóveis, e em paralelo é feito o cadastro dos moradores para avaliação dos imóveis e para acesso a abrigos. Até o momento, 32 famílias já foram dirigidas para hotéis. Moritz pretende antecipar uma ajuda financeira aos desabrigados nos próximos dias.
Próximos passos
Nos próximos dias, a Companhia estará mobilizada para fazer vistorias gerais nos demais reservatórios de concreto, a fim de garantir a segurança do sistema hídrico e evitar futuros rompimentos. Todos os 475 reservatórios do material em Santa Catarina passarão por avaliações locais, acionando também as empresas contratadas pela CASAN para a construção.
Também estiveram no local do incidente a secretária de Estado da Assistência Social, Mulher e Família, Maria Helena Zimmermann, e o prefeito interino de Florianópolis João Cobalchini. A secretária estadual frisou a importância do apoio às famílias diante da situação.
“É nossa obrigação dar esse acolhimento. O estado está comprometido, a equipe da secretaria está ajudando com o cadastro para poder depois verificar onde elas vão dormir e o período em que elas vão ficar em abrigo. Vamos fazer o melhor que o estado pode”, explicou Zimmermann.