O mês de agosto foi marcado por diversas ações de conscientização e prevenção da violência contra a mulher em Tubarão. Uma delas foi a palestra da Polícia Militar, realizada no auditório da Fundação Municipal de Desenvolvimento Social (FMDS). O evento contou com a participação de profissionais da assistência social, da rede de atendimento e do Conselho Municipal da Mulher, além do público em geral.

A palestra fez parte das ações do Programa Rede Catarina, que visa fortalecer o ecossistema de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, por meio de ações integradas entre a Polícia Militar, o Poder Judiciário, o Ministério Público e os órgãos municipais. Os palestrantes foram os cabos Fernanda, Tabata, Cláudia e Tachinski e os soldados Laércio e Tessalia, que abordaram temas como a Lei Maria da Penha, os tipos de violência, os ciclos da violência, os sinais de alerta e as formas de denunciar e buscar ajuda.

A Lei Maria da Penha (11.340/2006) é um marco na luta contra a violência doméstica e familiar no Brasil. Ela foi criada em homenagem à ativista Maria da Penha Maia Fernandes, que sobreviveu a duas tentativas de homicídio por parte de seu ex-marido: uma com um tiro nas costas enquanto dormia e outra por eletrocussão no chuveiro. Por causa das agressões, Maria da Penha ficou paraplégica e enfrentou vários obstáculos para conseguir justiça.

A violência contra a mulher é um grave problema social que afeta milhares de mulheres todos os dias. Ela pode ser física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral. Ela pode acontecer dentro ou fora de casa, por pessoas conhecidas ou desconhecidas. Ela pode deixar marcas visíveis ou invisíveis, mas sempre causa sofrimento e violação dos direitos humanos.

Por isso, é importante que as mulheres saibam que não estão sozinhas e que podem contar com o apoio da rede de atendimento. Se você é vítima ou conhece alguém que sofre violência doméstica ou familiar, denuncie. Ligue para o 190 (Polícia Militar), 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou 181 (Disque Denúncia). A vítima também pode procurar os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) ou o Conselho Municipal da Mulher.