Secretaria da Administração Prisional participa de curso contra Violência à Mulher no TJSC
A Coordenadoria de Penas e Medidas Alternativas e Apoio ao Egresso da Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP), juntamente com os profissionais das 11 Centrais de Penas e Medidas Alternativas (CPMA), participou do Curso de Introdução e Consolidação de Grupos Reflexivos e Responsabilizantes para Homens Autores de Violência contra Mulheres. O evento foi organizado pela Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid-TJ), em colaboração com a Academia Judicial do Poder Judiciário de Santa Catarina e o Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGP-UFSC).
O evento reuniu mais de 110 profissionais de diversas áreas do estado, incluindo representantes do TJ, SAP e secretarias municipais de Assistência. Durante o encontro, palestrantes e pesquisadores da área compartilharam conceitos teóricos, metodologias e práticas que devem ser enfatizados no trabalho realizado. O objetivo é incentivar o fortalecimento e a expansão dos grupos já existentes, além de orientar as atividades com vistas a oferecer um serviço de alta qualidade.
Desde 2012, as CPMAs vêm desenvolvendo o projeto de grupo reflexivo chamado “Refletir”, que busca estimular a reflexão dos homens autores de violência doméstica contra mulheres acerca de sua responsabilidade pelos atos violentos. Esse projeto visa fomentar relações mais igualitárias, promover o controle emocional e a autoestima, com o intuito de reduzir comportamentos violentos e, consequentemente, diminuir as taxas de reincidência. Apenas no período de janeiro a julho deste ano, as CPMAs receberam 259 pessoas que, devido a delitos relacionados à Lei 11.340/06 – conhecida como Lei Maria da Penha, participaram do grupo “Refletir”.
“Esses momentos de troca de experiências e aprimoramento são cruciais para os profissionais, tanto para adquirirem novos conhecimentos teóricos quanto para compartilharem os desafios e obstáculos, dada a complexidade da temática”, afirmou Janete Grobe do Prado Bott, coordenadora de Penas e Medidas Alternativas e Apoio ao Egresso da SAP.