Casan adota método não destrutivo que diminui transtornos em obras de esgotamento sanitário
Foto: Acervo / Casan
Quando um prefeito está em vias de dar início a uma obra de esgotamento sanitário, ele experimenta duas sensações: de cara, fica feliz por avançar no saneamento público e garantir a qualidade de vida para o seu munícipe. A segunda é de preocupação, em decorrência do provável transtorno para comerciantes por conta do buraco em ruas ou calçadas para realização da obra. Nó na mobilidade urbana no radar.
Para evitar essa dor de cabeça, as companhias de saneamento têm se valido do método não destrutivo. Neste modelo de engenharia a tubulação da rede coletora é instalada no subsolo sem a necessidade de aberturas de valas a céu aberto.
A vantagem é que a manobra acelera a execução da obra, oferece mais segurança aos trabalhadores envolvidos e aos pedestres e motoristas. Funciona como uma espécie de “tatuzão” usado em aberturas subterrâneas de túneis em obras de metrô, debaixo da terra, sem precisar abrir valas nas ruas e providenciar recapeamento.
“Com o crescente desenvolvimento das cidades e o aumento do fluxo de veículos, executar obras em via pública se torna uma atividade cada vez mais complexa e desafiadora. Exige que a Casan se adapte, buscando tecnologias que diminuam a intervenção nas vias e executem as obras de forma mais rápida”, afirma Laudelino Bastos, diretor-presidente da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan).
Rochas podem obstruir o método
Até pouco tempo atrás, o método era utilizado apenas para pequenas intervenções nas obras, onde a execução pelo método tradicional não era possível. Já as recentes obras contratadas pela Companhia, como nos municípios de São Lourenço do Oeste, Curitibanos e Xaxim, estão sendo executas com o uso do tatuzão.
As obras de implantação da rede coletora na Rua Agostinho Stefanello, em São Lourenço do Oeste, acontecem pelo uso de método não destrutivo. O assentamento das tubulações é realizado através da perfuração direcional abaixo das pistas.
“Para a adoção deste método, é necessário o conhecimento prévio de algumas características da região, como: investigação geotécnica, interferências existentes, profundidade de assentamento da rede coletora, presença de lençol freático. Alguns fatores, como a presença de rocha, por exemplo, podem inviabilizar a adoção deste método”, explica Felipe Costa Leite, gerente de Construção da Casan.