Reunião na SAS trata de projeto que incentiva ressocialização de mulheres após a privação de liberdade
Foto: Divulgação SAS
Garantir direitos, uma rede de apoio e até capacitação de mulheres para ingresso no mercado de trabalho após a privação de liberdade. Esse é um dos objetivos do projeto de extensão “Asas e Raízes”, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família, Secretaria de Administração Prisional e outras entidades. Os resultados do projeto, criado em 2018, foram apresentados em uma reunião nesta segunda-feira, 29.
O “Asas e Raízes” promove a ressocialização através de diversas ações. Inicialmente os pesquisadores fizeram um diagnóstico econômico social dessas mulheres, assim como a relação delas com as políticas públicas desenvolvidas no estado de Santa Catarina.
Outra frente de trabalho foi a capacitação profissional em Ecomoda, o que pode facilitar o acesso ao mercado de trabalho, evitando a volta à criminalidade. “Percebemos que as mulheres têm muito mais dificuldades que os homens ao saírem do sistema de detenção. A qualificação profissional é um suporte para oferecer possibilidade de ressocialização”, explica a coordenadora do projeto, professora Clerilei Bier.
O projeto contemplou ainda a elaboração, produção e distribuição de cartilhas que tratam dos direitos das mulheres em regime fechado e regime semiaberto. Elas trazem informações sobre direitos de defesa, tratamento digno, liberdade sexual e de crença, visitas, trabalho, educação, saúde, voto, remição de pena e relacionados à maternidade, além de falar sobre progressão e regressão de pena e benefícios assistenciais. O material ainda traz endereço e contatos de instituições que estão aptas a dar apoio.
As cartilhas foram enviadas à Penitenciária Feminina de Florianópolis, Defensoria Pública, Departamento de Administração Prisional (Deap) e entregues também na Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família.
A secretária interina da SAS, Maria Helena Zimmermman ressalta a união de esforços entre vários órgãos para executar ações voltadas a essas mulheres e destaca que garantir que elas saibam e possam acessar seus direitos é fundamental para evitar que voltem à criminalidade. “Sabemos que hoje elas enfrentam muitas dificuldades, inclusive o preconceito da sociedade e o abandono familiar, mas nós, do Governo do Estado, e outras entidades estamos trabalhando juntos para que essas mulheres tenham oportunidades e não precisem retornar ao crime”, afirma.
Já a consultora executiva da SAS, Simone Machado, comenta que o projeto atende justamente um público que tem mais vulnerabilidade. “O atendimento a esse público é uma ação extremamente importante para garantir que na sua residência as mulheres tenham acesso aos direitos. Hoje a nossa secretaria, através dos Cras e dos Creas, acaba estendendo esse atendimento, mas muitas ainda não têm acesso a essa informação e projeto Asas e Raízes vem somar esforços para mostrar que é possível superar a dificuldade e dar sequência a sua vida”, ressalta.
Texto e foto: Helena Marquardt
Assessoria de Imprensa
Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família
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