Presença de capivaras em áreas urbanas é monitorada por órgãos ambientais
Imagem: Divulgação/IMA
A expansão das áreas urbanas e o crescimento desordenado muitas vezes provocam alterações significativas no habitat natural, e com isso, animais silvestres como capivaras podem buscar refúgio nas cidades. O avistamento desses animais tem sido cada vez mais frequente em diversas regiões metropolitanas de todo o país, e em Santa Catarina, as ocorrências são monitoradas pelos órgãos ambientais.
O Instituto do Meio Ambiente (IMA) e demais órgãos como a Polícia Militar Ambiental (PMA), Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), além de universidades, trabalham em conjunto no atendimento de animais que necessitem de resgate emergencial.
A gerente de Biodiversidade e Florestas do Instituto do IMA e bióloga, Ana Veronica Cimardi, alerta que a aproximação com as capivaras pode ocasionar problemas. “O animal que se sinta ameaçado com qualquer aproximação de humanos pode tentar se defender reagindo agressivamente, com mordidas, principalmente, se houver filhotes por perto, assim, a população não deve manusear esses animais, pois trata-se de uma demanda que deve ser feita pelo serviço público”, explica Ana.
No caso do cidadão avistar um animal ferido é indicado acionar o 190. Em Florianópolis, a Guarda Municipal (GMF), que tem sido importante parceira no resgate de animais silvestres, também pode ser acionada.
Sobre a capivara nas imediações do Shopping Villa Romana em Florianópolis
Todos os órgãos de resgate de fauna silvestre têm recebido inúmeras solicitações diariamente, inclusive casos de capivaras atropeladas, feridas com tiros de arma de fogo, atacadas por cães, com ferimentos de interação com os outros indivíduos da mesma espécie e, mais recentemente, a capivara com fio ou corda em torno do tórax vista nas imediações do Shopping Villa Romana em Florianópolis que se trata, provavelmente, de uma armadilha de captura, muito utilizada por caçadores.
Desde que recebeu as primeiras notificações da presença de uma capivara com filhotes com uma corda em volta do corpo, a equipe do IMA, foi prontamente até o local para análise da situação com o intuito de estabelecer a melhor estratégia para a retirada da corda.
Assim, o IMA, a PMA, a GMF e a PMSC vem realizando incursões objetivando a contenção do animal. Por se tratar de um exemplar adulto, fêmea, em período de reprodução, todo cuidado pode ser pouco e custar a vida do animal e de seus filhotes.
A captura de capivaras em vida livre não é uma tarefa fácil de ser realizada, haja vista que o animal se estressa facilmente, podendo inclusive ir a óbito simplesmente pelo estresse provocado pela própria captura. Já a captura com uso de anestésicos também apresenta risco ao animal visto que o comportamento natural da capivara é de fugir para a água e sob o efeito do anestésico pode até morrer afogada.
Desta forma, o IMA, em conjunto com os demais órgãos mencionados, se mantém firme ao compromisso de resguardar a vida de animais silvestres e não está medindo esforços para atingir o objetivo de todos que é o de manter os animais livres e em boas condições de saúde na natureza.
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Carolina Carvalho
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