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Equipe do Instituto de Cardiologia realiza procedimento inovador que permite recuperação mais rápida de pacientes cardíacos

Foto: Divulgação SES

Falta de ar, dificuldades para realizar as tarefas básicas do dia a dia, um cansaço extremo, essa era a realidade de Vera Lúcia Moraes aos 59 anos. A paciente, natural de Lages, que possui uma cardiopatia grave, já havia passado por duas cirurgias cardíacas e agora iria realizar uma terceira, mas uma tecnologia inovadora permitiu que ela realizasse a colocação de uma nova válvula cardíaca sem a necessidade de operação.

O procedimento foi realizado no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC), no setor de Hemodinâmica. “Esse é um paciente que já operou o coração, que tem uma válvula cardíaca já implantada e essas válvulas com o tempo elas estragam, elas degeneram e o paciente volta a ter problema. Tradicionalmente ele tem que ser reoperado de novo e alguns pacientes passam por cirurgia cardíaca três a quatro vezes na vida. É uma coisa muito complicada, porque a cada cirurgia cardíaca que tem que se fazer o risco aumenta muito”, explica o cardiologista Luiz Eduardo Koenig de São Thiago.

A válvula mitral é uma das quatro válvulas do coração que ajudam a regular o fluxo de sangue no órgão. Quando a válvula mitral não funciona da forma correta, ou seja, quando ela não abre e fecha da forma certa, o sangue pode voltar, o que pode levar a sintomas como falta de ar, fadiga e inchaço nas pernas e tornozelos.

Vera não precisou passar por uma cirurgia de peito aberto. Com a técnica inovadora chamada de valve-in-valve mitral, ela recebeu uma nova válvula através de um cateter colocado na região da virilha, permitindo que a prótese fosse levada até a região indicada. “Então muda completamente porque não tem cirurgia, não tem sutura, não tem incisão. Aquela recuperação longa da cirurgia por causa da toracotomia que é a abertura do peito, isso tudo não existe. É uma recuperação semelhante a um cateterismo que é muito rápida”, complementa o cardiologista.

Em três dias a paciente já estava em casa, retornando às suas atividades diárias. “Eu estou me sentindo muito bem, o procedimento foi muito tranquilo, já estou até tomando meu chimarrão e muito feliz”, comemora.

O estudo

Essa técnica faz parte de estudo que está sendo realizado em todo país para avaliar os benefícios do implante da válvula, por meio do cateter, com relação à cirurgia tradicional que envolve a abertura do peito. Vera é um dos 150 pacientes que participam da pesquisa.

O médico cardiologista Dimytri Alexandre Siqueira, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, de São Paulo, é um dos responsáveis pelo estudo e este é o terceiro procedimento que ele acompanha no ICSC. “O paciente aceita participar do estudo, é feito um sorteio para se definir que tipo de tratamento esse paciente vai receber, se é esse novo tratamento que está em investigação ou se é o tratamento padrão que é uma nova cirurgia. Após o procedimento fazemos o acompanhamento de 12 meses, para entender como foi a recuperação. Nosso grande desafio é compreender se essa nova técnica é tão eficiente quanto a cirurgia tradicional”, explica.

O procedimento foi realizado no setor de Hemodinâmica do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina, no dia 5 de abril, e a equipe foi comandada pelo cardiologista intervencionista, Luiz Eduardo Koenig São Thiago. Estiverem em atuação os profissionais: cardiologista Ricardo Zanella Antoniolli; cardiologista intervencionista Dimytri Alexandre Siqueira; anestesista Roberta Vergara da Silva; ecocardiografista Fernanda Martins Brunel Alves; enfermeira Rosānia Rodrigues; técnicas de enfermagem Cristiane Aparecida Rodriges, Janete Alves da Silva e Mariana Pereira da Rosa Medeiros.

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Escrito por:

ASCOM | SES

Assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde

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