Em 2015, a Secretaria de Estado da Saúde, entre recursos próprios, verbas federais e operações de crédito, investiu mais de R$ 2,8 bilhões na saúde dos catarinenses. Mais do que valores, o ano foi de reavaliação de processos e oferta de novos serviços aos cidadãos visando dar uma melhor qualidade de vida à população. Para o secretário João Paulo Kleinübing, que assumiu o cargo em janeiro passado, uma das mais importantes ações no período foi a ativação da unidade de oncologia e pediatria no Hospital da Criança, em Chapecó.

O Governo do Estado investiu R$ 300 mil na implantação do serviço e bancará os custos mensais, da ordem de R$ 200 mil. As crianças e seus familiares de mais de 100 municípios do Meio-Oeste e Oeste, que antes precisavam se deslocar aos hospitais infantis de Florianópolis e Joinville para tratamento na rede pública, recebem atendimento em Chapecó desde o começo de dezembro.

Outra importante conquista neste ano foi o início da atuação do helicóptero Arcanjo 3 no Vale do Itajaí. Inicialmente locada para atuar no mês de outubro a partir da base em Blumenau, o Arcanjo ficará em definitivo na região com a aquisição de uma aeronave própria do Estado para cobrir do Alto Vale do Itajaí ao Litoral Norte catarinense ainda no primeiro trimestre de 2016.

O ano também marcou a inauguração da primeira etapa da reforma e ampliação do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, de Joinville, com a abertura de 42 novos leitos de internação clínica e cirúrgica que fazem parte do investimento de R$ 6,6 milhões do Governo do Estado em uma área de 3,5 mil metros quadrados do hospital.

Outra unidade do Estado que ganhou destaque neste ano foi o Hospital Dr. Waldomiro Colautti, de Ibirama. No final do mês de novembro, o secretário Kleinübing lançou duas licitações que finalmente colocarão em atividade os dez leitos da UTI do Hospital Waldomiro Colautti inaugurada em dezembro de 2010. Uma das licitações prevê a contratação de equipe médica e a outra, orçada em aproximadamente R$ 1,3 milhão, a aquisição de equipamentos.

Outro importante avanço na Saúde foi a inauguração do Hospital Regional de Biguaçu, unidade que atende por meio de uma parceria entre os governos municipal, estadual e federal. Aberta no final de agosto, a unidade hospitalar zerou a fila de atendimento ambulatorial no município, já atende pacientes de outras cidades vizinhas e, 15 dias antes do previsto, começou a fazer internações e intervenções cirúrgicas.

Hospital Regional de Biguaçu. Foto: SES/Divulgação

A abertura do Hospital Regional de Biguaçu integra o novo sistema de atendimento que será adotado a partir de 2016 na região continental da Grande Florianópolis. O sistema envolve o vocacionamento de unidades, como o Hospital Florianópolis, que será referência em cirurgias eletivas de ortopédicas, e a abertura de UPA Metropolitana, na Capital, e unidades em São José e em Palhoça.

Plano semelhante de atendimento aos catarinenses foi adotado na região Sul do estado, envolvendo os municípios da região carbonífera. As cirurgias eletivas, antes concentradas no Hospital São José, de Criciúma, foram distribuídas a outros hospitais da região e a fila foi praticamente zerada até o final deste ano. De maio até o final do ano, mais de quatro mil procedimentos foram realizados em hospitais das cidades de Içara, Urussanga, Meleiro, Lauro Müller, Nova Veneza, Orleans, Morro da Fumaça e Praia Grande nas especialidades de ortopedia, cirurgia geral, oftalmologia, angiologia, otorrino, proctologia, ginecologia e urologia. Além de acelerar a fila e melhorar o atendimento à população – alguns pacientes aguardavam por um procedimento há cinco anos-, a ocupação média das unidades hospitalares também melhorou.

Cartão CPesc Saúde e núcleo judicial

A organização do sistema de saúde pública catarinense foi outro importante avanço em 2015. O lançamento do Cartão Cpesc Saúde, por exemplo, garantiu mais autonomia financeira aos hospitais do Estado, permitindo pequenas compras ou execuções de reparos emergenciais. Cada um dos 13 hospitais públicos recebeu mais de um cartão, de acordo com o porte e serviços prestados, dando mais agilidade nos pequenos serviços que muitas vezes ficavam presos em processos burocráticos. 

Outro importante passo foi a criação do NAT, o Núcleo de Apoio Técnico, uma espécie de câmara técnica criada por meio de convênio assinado em novembro entre a Secretaria da Saúde e o Tribunal de Justiça de SC. O objetivo é reduzir os custos da judicialização da saúde, que neste ano deve romper a faixa dos R$ 200 milhões. O NAT formado por servidores da secretaria vai subsidiar magistrados com pareceres técnicos nas demandas judiciais.

Quebra de recordes

Além disso, 2015 também foi um ano de quebra de recordes. Somente de julho até o final do ano, o Centro Catarinense de Reabilitação (CCR), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, entregou mais de 1,3 mil órteses, próteses e cadeiras de rodas a pacientes de todo o estado que aguardavam pelos equipamentos. A expectativa é zerar a fila de espera até a metade de 2016.

Também a produção dos hospitais da rede pública estadual apresentou resultados expressivos. De janeiro a setembro, a rede de hospitais públicos estaduais aumentou os números de atendimentos, cirurgias e exames e bateu recordes de produção. Em relação aos nove primeiros meses de 2014, em 2015 os atendimentos nos 13 hospitais chegaram a 87.077, aumentando 8,5%; as cirurgias cresceram 16,95%; e a realização de exames subiu 5,39%.

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