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LAURO

SEVERIANO MÜLLER

Considerado um dos melhores políticos que Santa Catarina já deu ao País, o hábil Lauro Muller foi quatro vezes governador do estado, Senador, Deputado Federal, Embaixador, Ministro da Viação e das Relações Exteriores. Participou ativamente das decisões políticas do Estado e do Brasil e por várias vezes foi conciliador nas crises partidárias de Santa Catarina. Lauro Muller foi um dos fundadores do PRC e considerado republicano histórico.

Descendente de imigrantes alemães é filho de Pedro Muller e Ana Maria Michels Muller. Lauro nasceu em Itajaí no dia 08 de novembro de 1863. Fez seus primeiros estudos em sua cidade natal, aos 14 anos foi para o Rio de Janeiro onde trabalhou no comércio e depois ingressou no Escola Militar, sendo aluno de Benjamin Constant.

Com a Proclamação da República em 1889, por indicação do republicano catarinense Antônio Esteves Júnior, Lauro Muller foi nomeado pelo Marechal Deodoro da Fonseca para ser o primeiro governador republicano de Santa Catarina. Ele substituiu a Junta Provisória composta por Raulino Júlio, Adolpho Horn, João Batista do Rego Barros e Alexandre Marcelino Bayana que havia recebido o governo pacificamente do último presidente da Província, Luís Alves Leite de Oliveira Belo. Em 2 de dezembro de 1889, foi nomeado governador.

Em setembro de 1900 foi eleito deputado federal à primeira Legislatura Republicana. Mas com o afastamento de Deodoro e o fechamento da Câmara Federal voltou ao Estado para reassumir o Governo Estadual e no ano seguinte retornar à capital federal, Rio de Janeiro, e assumir o cargo de deputado federal para o qual foi eleito.

Lauro Muller foi governador nomeado do Estado de 1889 a 1890, entre este período foi eleito pela Assembleia para um segundo período em que governou até 1891. Ele ainda foi eleito para governar Santa Catarina de 1902 a 1906 e de 1918 a 1922. De 1891 a 1899 representou o Estado na política nacional e em 1900 foi eleito Senador.

A 28 de setembro de 1902, toma posse, em substituição a Hercílio Pedro da Luz. Permanece por pouco tempo no cargo – apenas 44 dias -, pois preferiu o cargo de ministro da Viação e Obras Públicas de Rodrigues Alves.

Fonte: DIÁRIO CATARINENSE, Governadores de Santa Catarina 1739/1993, Florianópolis, Editora DC, 1993. p. 16.

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