SILVEIRA
Natural de Palhoça, na Grande Florianópolis, onde nasceu em 26 de março de 1918, Ivo Silveira é o único homem entre os cinco filhos do funcionário público Vicente Silveira de Souza Júnior e da dona de casa Lídia Sanseverino Silveira. Sua iniciação na administração pública aconteceu em junho de 1940, quando foi nomeado adjunto de promotor público da Comarca de Palhoça pelo interventor Nereu Ramos.
Formou-se advogado na Faculdade de Direito de Santa Catarina, em Florianópolis, e ajudou a fundar o PSD (Partido Social Democrático), do qual foi escolhido secretário.
Pertenceu à agremiação política até a outubro de 1965, quando os partidos foram extintos pelo governo militar. Em 1946 foi nomeado prefeito de Palhoça. No mesmo ano foi escolhido para ser delegado adjunto da Delegacia de Ordem Política e Social. Como o cargo impedia que concorresse às eleições para prefeito, foi exonerado e no mesmo dia nomeado consultor jurídico do Departamento das Municipalidades.
Elegeu-se prefeito de Palhoça em 1947 e permaneceu no cargo até 1950, quando candidatou-se e venceu as eleições para deputado estadual. Reelegeu-se por três vezes, 1954, 1958 e 1962. Neste período foi também três vezes presidente da Assembleia Legislativa, vice líder e líder da Oposição.
Em 03 de outubro de 1965, elegeu-se Governador do Estado de Santa Catarina.
A construção da segunda adutora de Pilões e a extensão da rede de abastecimento de água até a Barra da Lagoa, Canasvieiras e Ribeirão da Ilha, foram algumas das obras de Ivo Silveira. Mas, ele também implantou o Plano Estadual de Educação, pioneiro no Brasil e que resultou na construção de 3500 salas de aula.
Inaugurou cerca de 100 escolas e aumentou o salário dos professores normalistas em 482% e o dos estatísticos em 783%.
Criou e instalou a COTESC (]companhia de Telecomunicações de Santa Catarina), que deu origem à TELESC, elevando, somente em Florianópolis, de 2200 para 3300º número de telefones existentes.
Implantou o Deatur, o primeiro órgão de turismo da Capital e ampliou o Hospital Nereu Ramos. Criou a Avenida Beira Mar Norte, o Manicômio Judiciário, o Laboratório Central de Saúde Pública e deu à Celesc uma nova sede.
Resultaram de seu governo ainda, a Casa de Detenção, a primeira delegacia de Polícia da Ilha (junto à penitenciária) e a do Estreito, bem como o prédio da Imprensa Oficial, o da Escola de Polícia, o Centro Hemoterápico e o asfaltamento da Avenida Rubens de Arruda Ramos. Fundou a Caixa Econômica Estadual, mais tarde extinta.
Carreira Política
Fonte: DIÁRIO CATARINENSE, Governadores de Santa Catarina 1739/1993, Florianópolis, Editora DC, 1993. p.89-92.