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FELIPE

SCHMIDT

Nascido em Lages em 04 de maio de 1860, Felipe Schmidt era filho de Felippe e Felisbina Schmidt. Iniciou a sua vida no Exército, onde ingressou aos 16 anos. A partir de 1877 cursou a Escola de Artilharia. Entrou para a política no Governo de Lauro Muller, como chefe de polícia.

Foi o quarto governador do Estado, de 28 de setembro de 1898 a 28 de setembro de 1902, recebendo o cargo de Hercílio Pedro da Luz e passando-o a Lauro Muller, seu primo, uma das maiores lideranças políticas do Estado na época. Depois, em substituição a Vidal José de Oliveira Ramos, foi o oitavo governador de Santa Catarina, de 28 de outubro de 1914 a 28 de outubro de 1918. Entregou seu segundo mandato ao vice-governador Hercílio Luz, pois o eleito Lauro Muller não assumiu.

Em 1883 completou os cursos de Estado- Maior e de Engenharia Militar, sendo escolhido para a construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré. Foi nomeado, em 1885, ajudante de ordens do então presidente do Paraná, Visconde de Taunay. Integrou a expedição legalista no Paraná e foi diretor da Colônia Militar de Chapecó.

Dedicou-se à política e ao Exército e, em setembro de 1890, foi eleito Deputado Federal representando Santa Catarina na primeira Constituinte nacional, no regime republicano. Nessa época denunciou o então governador Manoel Joaquim Machado por ter prendido igualmente um funcionário federal no município de Blumenau.

Entre um governo estadual e outro, Felipe Schmidt foi eleito Senador, sendo reeleito 1909 e ocupando o cargo até 1911.

Teve uma carreira brilhante no Exército, promovido a major em 1892, a tenente coronel em 1900, coronel em 1909 e a general em 1918. Possuía o título de Cavaleiro da Ordem da Rosa.

Felipe Schmidt era casado com Lacínia Alvin Schmidt e teve três filhos, Oscar, Jorge e Célia.

A questão de mais destaque durante as duas vezes em que Felipe Schmidt foi governador do Estado era o Acordo de Limites entre os estados de Santa Catarina e Paraná. O problema dos limites entre os dois estados, cujas origens remotavam à partilha e à administração das capitanias de São Vicente e Santo Amaro e Terras de Sant`Anna, teve seu desfecho legal com a assinatura do acordo entre as duas partes por imposição do presidente da República, Brás Pereira Gomes, a 20 de outubro de 1916.

O acordo fixou limites e seu texto foi ratificado primeiro pelos legislativos estaduais e depois aprovado pelo Congresso Nacional. Felipe Schmidt convocou o Congresso Representativo do Estado, que formou uma mesa diretora para dar parecer ao acordo. Aprovado pelos catarinenses foi encaminhado ao Congresso Nacional, através do Senado, para sua aprovação final e imediatamente passou a ter força de lei.

Na divisa litoral nada foi mudado, pois a linha divisória já tinha sido reconhecida pelos dois estados em 1771.

Felipe Schmidt destacou-se nas duas administrações pela sua honestidade administrativa. Era da linha dura do Partido Republicano, com restrições aos federalistas, mesmo depois da fusão dos partidos em 1902, intermediada por seu primo Lauro Muller. A primeira administração foi marcada pela preocupação pelo ensino médio e pela dedicação ao ensino agrícola. Seu vice-governador era o coronel Firmino Lopes do Rego.

Em sua segunda gestão, aprovou o Acordo de Limites entre os estados do Paraná e de Santa Catarina. Conseguiu o fim desta questão enfrentando de forma firme os problemas de limites entre os dois Estados.

Como governador deu especial atenção ao saneamento básico e instalou na capital, Florianópolis, a rede de esgoto.

Fontes: DIÁRIO CATARINENSE, Governadores de Santa Catarina 1739/1993, Florianópolis, Editora DC, 1993. p. 33-34.

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