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Terminal Rodoviário Rita Maria na Capital passa a ser operado pela iniciativa privada

Um evento no saguão do Terminal Rodoviário Rita Maria, em Florianópolis, na manhã desta segunda-feira, 5, marcou a passagem da administração da ferramenta à empresa vencedora da concessão para operar o espaço: o Consórcio Sinart, que teve o nome alterado (por exigência do edital) para Terminal Rodoviário de Florianópolis SPE Ltda. Com isso, o grupo assume definitivamente a estrutura pelos próximos 30 anos. Em contrapartida, a empresa deverá fazer investimentos de R$ 40 milhões.

A empresa teve 60 dias para a chamada transição operacional, ou seja, inventariou, analisou e tomou pé da situação da estrutura. Agora, tem até a metade de 2023 para modernização e reformas. O objetivo da concessão é promover as mudanças que são necessárias para oferecer um serviço ainda melhor para a população.

“A estrutura e o espaço do Rita Maria são incríveis, com potencial para exploração comercial e para voltar a ser, além de lugar de passagem, um ponto de encontro e de convivência. Sempre brinco que Florianópolis tinha um aeroporto com cara de rodoviária, e hoje temos um dos melhores do Brasil. Agora teremos uma rodoviária com cara de aeroporto”, destaca o secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Vieira.

Foto: Mauricio Vieira / Secom

Dentre as melhorias previstas com a concessão, está uma reforma que vai transferir as plataformas de venda de passagens para o segundo andar (mezanino) e praça de alimentação/espaços comerciais para o térreo.

O saguão e a plataforma de embarque e desembarque serão modernizados e serão construídos passeios cobertos para facilitar o deslocamento de pedestres ao Ticen.

As mudanças foram sugeridas pelo estudo realizado na fase do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), que avaliou a viabilidade técnica e econômica da exploração do Rita Maria.

Confira as principais melhorias previstas:*

. Passeio coberto de ligação do Rita Maria ao TICEN
. Retrofit da fachada principal e novo acesso
. Mudança dos guichês de venda de passagens para o mezanino (hoje funcionam no térreo)
. Novo hall de circulação no mezanino
. Wi-Fi atendendo a todo o terminal
. Instalação de um parque de energia fotovoltaica
. Modernização do saguão de embarque e da praça de alimentação
. Melhorias nas plataformas de embarque e desembarque
. Implantação de escadas rolantes, de um elevador e de uma plataforma para pessoas com deficiência
. Substituição dos bancos na sala de espera;
. Piso térreo com mais lojas, melhorando a distribuição das atividades e criando um mix novo e diversificado de produtos
. Reforma e ampliação dos banheiros, incluindo sanitários para pessoas com deficiência e “espaço família” com fraldário e sanitário infantil
. Melhorias na acessibilidade do terminal
. Novos mobiliários nos saguões e instalação de equipamentos, como longarinas, bebedouros, lixeiras, mesas e cadeiras, relógios digitais, televisores e monitores informativos.

*Mudanças são referenciais, pois a concessionária pode adaptar as ideias.

Um pouco de história

A construção do Terminal, inaugurado no dia 7 de setembro de 1981, foi um marco para o desenvolvimento urbano de Florianópolis e de todo o Estado.

O projeto arquitetônico foi desenhado pelo uruguaio Yamandu Carlevaro e, até hoje, é referência em todo o país. O telhado da construção é formado por 144 blocos de concreto de 24 toneladas cada um.

Por conta do peso, foi preciso importar um guindaste especial da Alemanha para erguer e encaixar as estruturas. A obra durou cerca de três anos.

Antes de receber o terminal, na década de 1970, a área era utilizada para trocas e escambos de frutas, cereais e aves. As pessoas vinham de barco da parte continental, até a praia da feira, como era chamada a época, para fazer comércio e também como meio de se transportar entre uma parte e outra da ilha.

Quem foi Rita Maria?

Rita Maria era uma mulher negra, filha de escravos, que morava em uma casa rente à praia, no Centro, nos tempos do antigo Miramar. Ela ficou famosa por suas benzeduras e rezas, que oferecia aos marujos recém-chegados à Ilha, além de pratos de comida.

Era uma figura risonha, que recebia a todos com alegria. Por isso, deu nome ao terminal. Não há fotos dela, mas está imortalizada na escultura de sucata feita pelo gaúcho Paulo Siqueira, o escultor dos gigantes, em frente ao terminal.

Paulo tem 38 obras do gênero espalhadas pelo mundo. Entre elas, a estátua do Desbravador, em Chapecó, Oeste do Estado; e da Virgem de Guadalupe, no México.

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Redação | SECOM

Assessoria de imprensa do Governo de Santa Catarina | Secretaria de Estado da Comunicação

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