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O Conselho de Administração do Iprev reuniu-se nesta terça-feira, 9, para deliberar pautas e contou com a participação do Presidente do Iprev, Vanio Boing, e o atuário do Iprev, Claudio Kogut. Na ocasião, foram apresentadas informações importantes sobre a atual situação do Regime Próprio de Previdência do Estado (RPPS), bem como o cálculo atuarial que evidencia o déficit no sistema previdenciário.

Em sua explanação, o atuário, Kogut apresentou o Demonstrativo de Resultados da Avaliação Atuarial realizada este ano que envolve a análise de fatores como a população de contribuintes e beneficiários, as contribuições e os benefícios, as expectativas de vida, taxa de juros, e outros fatores financeiros e demográficos, no intuito de determinar se o sistema de previdência é financeiramente viável no longo prazo e para identificar quaisquer desequilíbrios financeiros que precisem ser corrigidos. O resultado do cálculo atuarial mostra a necessidade de adoção de medidas eficazes para garantir a sustentabilidade financeira da previdência de Santa Catarina.

Em seguida, o Presidente do Iprev apresentou um panorama da linha do tempo da previdência, desde um histórico de reformas passadas até a realidade financeira atual.  Boing destacou que a situação do RPPS de Santa Catarina requer ação imediata para garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário a longo prazo. Nesse sentido, foi criado um grupo de estudos formado por especialistas em previdência, economia e finanças, com o objetivo de elaborar alternativas para suavizar o déficit.

Dentre as sugestões apresentadas pelo grupo, o principal destaque seria a implantação de uma segregação de massas, ou seja, a partir de um marco inicial de ingresso no serviço público, os servidores passariam a contribuir para um fundo de capitalização na qual os participantes fazem contribuições regulares ao longo de sua vida funcional que são investidos em ativos financeiros para garantir o pagamento de benefícios futuros, ao contrário do atual sistema de repartição simples, em que as contribuições dos servidores ativos são usadas para pagar os benefícios dos aposentados e pensionistas, sem rentabilidade.

Outras sugestões para suavizar o déficit também foram levantadas, como a constituição de um fundo imobiliário com os imóveis do Iprev, recursos da compensação previdenciária com o INSS, royalties do petróleo, entre outros. Vanio Boing salientou que todas essas propostas serão sempre discutidas com os Conselheiros do RPPS, para que em conjunto possam deliberar as melhores soluções.

A Presidente do Conselho de Administração, Julie Anne Saut, agradeceu a explanação do gestor do IPREV, e ratificou que o Conselho solicitará a participação do Presidente do Iprev em algumas reuniões, pela importância do diálogo e transparência para se chegar às melhores deliberações.