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Dia das Mulheres: as fiscais da metrologia em Santa Catarina

Imetro-SC destaca o papel das mulheres em uma profissão dominada por homens Foto: Divulgação / Imetro-SC

Única mulher a se formar no curso de metrologia, em 2008, quando era ainda formada em eletrotécnica Marilânia dos Santos, não pensou duas vezes em se dedicar a passar no curso, mesmo sabendo que colocava seu emprego garantido em risco. “Sentia que aquilo era pra mim”, lembra Marilânia, que hoje é concursada e ocupa um dos cargos mais relevantes no Imetro-SC, como gerente de Metrologia Legal e coordena uma equipe técnica, sendo a maioria homens.

No mês em que se comemora a importância da Mulher na sociedade, o Instituto de Metrologia do Governo de Santa Catarina destaca a atuação delas em um universo predominantemente masculino: a metrologia. Hoje a Instituição conta com uma equipe de oito fiscais mulheres. São elas: Bruna Maciel, Rosiane Formigoni, Ana Lúcia Biaobock, Maria Aparecida de Souza Lima, Angélica de Oliveira Correa, Janine May, Rosangela Marcílio, Tiana Carvalho.


A história de Marilânia representa a trajetória de muitas delas que abriram mão de escolhas mais confortáveis para trilhar um novo caminho, com muito mais dificuldades e provações. Logo nos primeiros dias de trabalho Marilânia conta que recebeu do setor de Recursos Humanos a informação que um grupo específico se recusava a trabalhar com ela. “Mari, um grupo de auxiliares está dizendo que não trabalha com mulher em campo”, relembra.

Após uma imposição do setor de RH, a equipe aceitou as mudanças. “Vim da eletrotécnica, um ambiente masculino. Entendia que aquilo era uma reação cultural. Sempre fui de colocar a mão na massa, de lacrar instrumento, sem frescuras. Depois que viram quem eu realmente era, esse impasse foi resolvido”, lembra. Este foi apenas um dos entraves que ela enfrentou. Mas, era de salto alto e batom vermelho, que Mari, como é chamada entre os colegas, saía para fazer o trabalho de fiscalizar. “A questão do salto alto me ajudou bastante. Eu tenho 1,60m e o salto me possibilitava eu olhar nos olhos das pessoas”.

A menina da balança

Ao mesmo tempo que conquistou o respeito dos colegas de trabalho, percebeu que tinha um longo caminho a trilhar em relação ao trabalho de campo. “Eu chegava para fiscalizar um estabelecimento e ouvia: lá vem a menina da balança, eu sentia uma diferença no tratamento em relação aos meus colegas”. Foi então que Marilânia percebeu que precisava dar o seu melhor na função. Passou a estudar mais, pesquisar e se aprofundar no universo da Metrologia Legal. Esse conhecimento oportunizava um atendimento diferenciado ao empresário. Paciente, conversava e explicava importância da fiscalização, da concorrência leal, o que foi lhe agregando notoriedade para ela como fiscal.

A fase de terceirizada no Imetro, tinha data para acabar mas, da experiência, ficou a certeza sobre a profissão que queria exercer. Com o fim do contrato, teve que sair da Instituição. Mari, enquanto atuava como terceirizada, havia se preparado para o primeiro concurso do Instituto. Estudou nas horas vagas, sábado e aos domingos. Com a classificação em 31º lugar não foi chamada na primeira lista e teve que aguardar. “Após seis meses, chegou minha vez. E pisar com o pé direito nessa Instituição que eu tanto prezo, como concursada, foi um momento de muita alegria e satisfação, que guardo até hoje. Me sinto grata e realizada por hoje estar numa posição que raramente é ocupada por mulheres e por poder representar a todas que fazem sua função com tanta dedicação e zelo”, finaliza.

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Escrito por:

Mônica Foltran | IMETRO

Assessoria de imprensa do IMETRO/SC – Instituto de Metrologia de Santa Catarina

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