Governador esteve reunido com prefeitos da região de Jaraguá do Sul e esclarece declaração que causou polêmica
Na tarde desta terça-feira, 10, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo e o secretário da Defesa Civil do Estado, Rodrigo Moratelli, estiveram na Secretaria de Desenvolvimento Regional de Jaraguá do Sul, reunidos com o secretário Regional, Lio Tironi, prefeitos e representantes da Defesa Civil da região para discutir o apoio a ser dado aos municípios atingidos pelas chuvas, que causaram grandes estragos na região no último final de semana.
“Nós estamos acompanhando desde sábado a situação nos municípios e, com certeza, foi uma enchente de grandes proporções, pois aconteceu um fenômeno, ao invés de a chuva dissipar, ela estacionou em cima do Estado, o que fez os rios encherem muito rápido”, falou Colombo.
Com esta explicação, a imprensa perguntou sobre uma suposta declaração dele dada em uma coletiva de que teria sido uma enchente pequena e rápida. “Esta declaração foi mal utilizada e tirada do contexto. Foi criada uma situação desconfortável para mim. Uma das perguntas foi sobre o fenômeno El Niño e eu disse que este fenômeno nos preocupa, pois já atingiu o Estado uma vez e que estava acontecendo agora não era o El Ninõ, porque era uma enchente mais rápida e de menores proporções. Mas isso comparando os dois fenômenos”, explicou Colombo.
O governador ainda pediu desculpas, disse que não teve a intenção e que não imaginou de que este trecho da resposta poderia ser usado neste contexto. “Eu falei o que qualquer um falaria, é possível ver isso nas gravações”, garantiu.
Ações emergenciais
Colombo ainda falou sobre as conversas com o governo federal para o encaminhamento de recursos. Serão R$ 5 milhões para ações emergenciais para municípios atingidos, sendo R$ 3 milhões do Ministério de Integração Nacional e R$ 2 milhões do Estado. “Este recurso é para compra de remédios, alimentos, cobertores, colchões e outras ações emergenciais”, disse.
O secretário da Defesa Civil do Estado salientou que a reconstrução é uma segunda etapa e que o investimento deve ser maior. O diretor de Desenvolvimento Econômico de Jaraguá do Sul, Márcio Silveira, informou que de 100 empresas já visitadas, 57 tiveram prejuízos, que chegam a R$ 8 milhões se somadas.
O governador informou que está sendo estudada uma maneira de ajudar as empresas, mas ainda não é possível dizer se será financiamento sem juro ou outra modalidade. Sobre a liberação do FGTS, o secretário da Defesa Civil explicou que funciona em conjunto com Caixa Econômica Federal, municípios e governo federal. O prazo pode ser de 20 a 30 dias para acontecer a liberação.
A partir desta quarta-feira, equipes do Estado estarão na região para auxiliar as prefeituras no encaminhamento da documentação para solicitação de recursos para o município e liberação do FGTS.
Agricultura
Na área da agricultura, os municípios mais atingidos da região foram os de Guaramirim, Jaraguá do Sul, Corupá e Schroeder, este com pouca intensidade. Ainda está sendo feito um levantamento com relação aos prejuízos relacionados a áreas rurais.
Em Guaramiri, os maiores estragos foram registrados na olericultura (Feijão de Vagem, Abobrinha, Vagem e Pepino) e estima-se que passem de R$ 500 mil. Nas plantações de arroz, o prejuízo pode corresponder a 400 toneladas, pois ainda era necessário colher a saca de uma área de cerca de 300 hectares.
Na bananicultura, algumas lavouras foram atingidas. Os cachos que ficaram embaixo da água estão perdidos e outros foram arrastados pelo rio. Mas os maiores prejuízos estão relacionados às estradas, pontilhões e pontes.
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