Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Secom

Uma política estratégica de fortalecimento das ações integradas em combate ao abuso sexual e à exploração sexual de crianças e adolescentes será um dos principais focos da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), que se une à campanha Fio Laranja do Governo de Santa Catarina e coordenada pela Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família.

A iniciativa será lançada nesta quinta-feira, 18, dia Nacional ao Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O objetivo da Segurança Pública é o de juntar forças com as Instituições da segurança do Estado, a Polícia Civil, a Polícia Militar, a Polícia Científica e o Corpo de Bombeiros Militar.

Os dados estatísticos da SSP mostram queda de 9,73% este ano no número de casos de exploração sexual de crianças e adolescentes. Foram contabilizados 408 registros policiais pelo Estado de janeiro a 15 de maio de 2023 contra 452 computados no mesmo período do ano passado. Já em relação ao mesmo período de 2020 e 2021, existe um aumento do número. Nos dados constam delitos como importunação e assédio sexual contra adolescentes de até 17 anos.

A busca de respostas

Segundo o secretário da Segurança Pública, Paulo Cezar Ramos de Oliveira, a determinação do governador Jorginho Mello é de buscar resolver e interagir de modo a dar as respostas e solucionar esse problema que a sociedade merece e exige do governo.

“Estamos nos aliando à Secretaria da Assistência Social e aos demais órgãos diretamente envolvidos com a problemática para que através dessa interação possamos fortalecer a campanha do Fio Laranja, que é importantíssima e certamente vai produzir bons resultados para a sociedade”, enalteceu o secretário da Segurança Pública.

A pasta da Secretaria de Segurança Pública foi recriada na reforma administrativa pelo governador Jorginho Mello e busca, entre outras missões, a de coordenar e consolidar o diálogo entre as forças de segurança do Estado.

Alerta pelos crimes na internet

A coordenadora das Delegacias de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMIs) da Polícia Civil em SC, delegada Patrícia Zimmermann D’Ávila, afirma que os números de casos costumam ser dinâmicos e oscilam nesta área e lembra a existência de campanhas e programas que impactam nos dados a cada ano.

Porém, um dos pontos de alerta, assinala a coordenadora, decorre da constatação de que crianças e adolescentes, em função da grande interação com os meios eletrônicos, estão muito vulneráveis a crimes pela internet e aos perigos do mundo virtual.

“Já temos crimes que vão além de divulgar cenas de sexo de crianças e adolescentes e sim de alienação de menores por meios virtuais e até o estupro virtual. Por isso todo o cuidado que pais e responsáveis legais devem ter. O uso dos meios eletrônicos pela internet requer o monitoramento”, alerta a coordenadora.